O Zoológico de Varsóvia - 2017 (filme)

Ainda sem data de estreia para o Brasil, esse é um daqueles filmes que não podemos deixar de assistir. Como vocês sabem, não gosto de filmes de guerra, mas essa é uma obra que fala de amor, compaixão e coragem. E se passa em plena Varsóvia durante a II Guerra Mundial. Um retrato belíssimo de uma história verídica que nos faz arrepiar. A humanidade do casal de protagonistas que decide ajudar judeus perseguidos pelos nazistas e isolados em guetos na cidade é divina. Um casal que foi inspirado e com certeza ajudado pelas extensas falanges de espíritos que trabalharam arduamente durante o período de terror do início do século passado. Não conhecia a história do casal e fiquei realmente emocionado com eles. Incrível como há histórias de amor e dedicação mesmo em períodos tão turbulentos e perigosos como o da II Guerra. Impossível não lembrar de outros filmes, como “A lista de Schindler” e até mesmo “A Vida é bela”. Filmes que conseguem reportar a tragédia de uma forma leve e mostrar que houve muita gente lutando para fazer o bem no meio do caos trazem um sopro de esperança de um futuro melhor e uma humanidade mais humana.

Jan e Antonina Zabinski (Johan Heldenbergh e Jessica Chastain) são os proprietários do zoológico de Varsóvia. Quem trabalha com eles e os ajuda nas atividades do zoo é Jerzyk (Michael McElhatton). Antes da guerra tomar o país de assalto, conhecem e se tornam amigos do alemão Lutz Heck (Daniel Brühl), dono de um zoológico em Berlim. Jan insiste que Antonina e seu filho Ryszard (Timothy Redford / Val Maloku) saiam da cidade antes que a guerra chegue lá. Mas ela diz que não abandonaria o marido e os animais. Quando os primeiros bombardeios atingem a capital polonesa, já é tarde demais e eles não conseguem mais sair. Vários animais são mortos e os que sobrevivem são então levados para Berlim por Lutz. Lutz passa a integrar o exército do III Reich e, atendendo a um pedido do casal, permite que eles criem porcos no zoológico durante a guerra, para poder ajudar a alimentar a população. Mas o que ele não sabe é que por trás desse plano há o desejo do casal de resgatar judeus perseguidos e os transportar para fora da cidade.

O filme retrata toda a emoção, medo, angústia, terror e destruição causados pela guerra. Jessica Chastain está ótima e a jovem Shira Haas, que interpreta uma menina judia (Urszula) dá show de interpretação também. Daniel Brühl também cesta tão bom que dá uma raiva absurda de seu personagem explorador e mau caráter. Importante detacar que o filme não é só tristeza. Ao contrário, há muita felicidade nas pequenas coisas, pequenos gestos e situações. A fotografia é excelente, cenografia e produção de arte idem. Uma reconstituição da época que nos transporta até lá nessa viagem no tempo.

Minha nota para o filme é 9. E recomendo a todos!

Comentários

  1. Amei o filme.Vou assistir novamente.
    A única coisa que me deixou triste foi qd as duas mulheres moreram. Pintaram o cabelo para morrerem. Seria bom se elas continuassem vivas e voltassem a visitar o casal que as ajudaram.

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