Voice from the stone - 2017 (filme)

O filme, que se passa na Itália nos anos 50 do século passado, tem um quê de thriller e drama, com psicologia no trato com criança traumatizada pela morte da mãe, espíritos que se comunicam com os encarnados, e uma mistura de outros elementos. O final foi um pouco decepcionante, pois levante uma questão um tanto quanto duvidoso, mesmo para quem acredita em obsessão ou subjugação como eu, mas o enredo é bem interessante. Mais um filme que não passou ainda nas telas de cinema no Brasil e que nem sei se vai ser exibido. Mas como é estrelado por Emilia Clarke, a Daenerys de Game of Thrones, eu tive que baixar pra assistir. E ela está ótima como a cuidadora de crianças de peregrina de trabalho em trabalho para ajudar as crianças que tenham algum problema.

Jakob (Edward Dring) é um menino que perde sua mãe e então fica mudo. Seu pai Klaus (Marton Csokas) contrata então Verena (Emilia Clarke) para cuidar do menino e tentar fazer ele voltar a falar. Porém, a tarefa é árdua. Muito ligado à sua falecida mãe Malvina (Caterina Murino), uma grande pianista com quem ele dividia os dias e a quem viu definhar no leito de morte, ele não aceita a companhia de ninguém e passa horas colado às paredes onde ouve sua mãe lhe falar. Verena consegue o apoio de Lilia (Lisa Gastoni), senhora que cuidava de Malvina em suas viagens e apresentações pela Europa, que lhe dá dicas de como se aproximar do menino. Aos poucos a jovem enfermeira percebe que não apenas o menino possui dificuldades, mas seu pai também interrompera seus trabalhos após a perda. Aos poucos ela percebe também a presença de Malvina pela casa e começa então a tentar se aproximar de Jakob por intermédio dessas comunicações espirituais.

Desde o início eu já imaginava como seria o final do filme, mas confesso que teve uma pequena surpresa que não me agradou. Mas mesmo assim, gostei do filme. A questão da morte de alguém próximo, a comunicação entre os planos material e espiritual e a influência de alguns espíritos na vida cotidiana dos entes que sofrem com a saudade são bem pertinentes e reais. O finalzinho mesmo é que foi difícil de engolir, mesmo que se interprete como obsessão ou até mesmo de subjugação.

Dei nota 7 na minha avaliação no IMDB.

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