O Espaço entre nós - 2017 (filme)

Estrelado por Asa Butterfield, o menino de “A Invenção de Hugo Cabret” e “O menino do pijama listrado”, a primeira sensação que tive foi: como estou velho. A criança dos filmes que mencionei já cresceu. Nossa! E ele é ótimo ator jovem. Tem futuro. Bom, quanto ao filme, é uma fofa sessão da tarde, fantasiosa, mas um tom dramático leve e um final incomum, inesperado. Emociona, faz rir e refletir. A principal reflexão é baseada numa pergunta bem ingênua do jovem protagonista: “O que você mais gosta na Terra?” Difícil responder, não é?

Bom, vamos à história: Gardner (Asa Butterfiled) é um jovem nascido em Marte, filho de Sarah Elliot (Janet Montgomery), uma astronauta que estava em missão para viver alguns anos no planeta e que descobre a gravidez ainda durante a viagem espacial. Ela morre no parto e a decisão do comandante da missão na Terra, Nathaniel (Gary Oldman) é manter o sigilo sobre o nascimento do menino para não perde apoio para a missão. O menino então é criado por Kendra (Carla Gugino). Aos 16 anos, ele não suporta mais viver dentro de uma cápsula marciana e quer voltar à Terra, porém os médicos não recomendam, pois a formação de seu corpo, ainda no ventre da mãe num ambiente sem gravidade pode trazer problemas graves e até mesmo matá-lo quando em contato com a gravidade da Terra. Ele se relaciona pela internet com a jovem Tulsa (Britt Robertson), uma órfã que já passou por vários lares adotivos. Além dela, o menino sonha conhecer seu pai, de quem tem apenas uma foto tirada de um pendrive dos registros pessoais de sua falecida mãe. Finalmente ele consegue vir para a Terra numa missão e foge para conhecer Tulsa e buscar o pai. Nathaniel e Kendra tentam encontrá-lo preocupados com a saúde do jovem, que pode morrer a qualquer instante com uma deformidade no coração.

Alternando momentos fofos e felizes com Tulsa, as memórias de sua mãe e pai que não conheceu e a euforia da descoberta da atmosfera, água e tudo que temos no nosso planeta e que ele nunca teve acesso, o filme emociona exatamente por nos fazer perceber aquilo que temos no nosso dia a dia e pouco valorizamos. Sem falar, claro nas emoções da descoberta do amor, o primeiro beijo, coisas típicas da adolescência.

Um filme gostoso de ver. Recomendo!

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