A Vigilante do Amanhã - 2017 (filme)

Scarlett-linda-maravilhosa-Johansson estrela mais um filme futurista, depois de “Ela” e “Lucy”. Mais uma vez, ela é a primeira de uma nova geração de super-máquinas. Dessa vez, meio humana e meio robô, pois apenas sua mente é aproveitada num experimento em que todo o seu corpo é cibernético. Criada em laboratório para ser um grande soldado, pela Doutora Ouelet (Juliette Binoche) sob orientação de Cutter (Peter Ferdinando) ela trabalha na equipe de vigilância da cidade de Tokio com Batou (Pilou Asbaek) sob coordenação de Aramaki (Takeshi Kitano). Depois de um no de treinamento, uma de suas primeiras incursões é para descobrir quem está por trás de uma série de assassinatos de cientistas da empresa que a criou. O principal suspeito é Kuze (Michael Pitt), que ninguém sabe onde está e qual sua origem. NA sua investigação, Major vai aos poucos descobrindo fatos sobre seu passado que podem interferir e muito na sua dedicação como policial.

Baseado num conhecido mangá, o filme se passa num futuro distante, onde a humanidade possui intervenções cibernéticas em seu corpo, para melhorar o funcionamento de seu organismo, no que eles chamam de modificação cibernética. Porém, Major (Scarlett) é especial, pois de sua porção humana, como eu já disse, restou apenas a mente. A cidade que serve de cenário é dominada por propagandas holográficas, carros voadores e muita tecnologia. Na multidão, não se sabe quem é humano ou ciborgue ou quem é modificado ciberneticamente.

Achei um tanto confusa a fotografia do filme por causa do excesso de hologramas, propagandas e poluição visual. Acredito que seja proposital, para causar mesmo esse desconforto no espectador, mas foi demasiado. Muito interessante o fato da personagem Major ter falhas em sua memória, que são apagadas por sua tutora mas que voltam a ocorrer, nos trazendo uma desconfiança sobre serem mesmo falhas ou lembranças, visto que a personagem ainda tem uma mente humana. O desenrolar da trama misturando o enredo central, com a busca do grande vilão e o drama de Major que vai aos poucos relembrando seu passado é muito bem feita, mas o final acaba sendo previsível, sem contar que a cena final deixa claro que poderemos ter uma sequência de novos filmes com a mesma personagem, explorando apenas uma nova heroína. Se for o caso, não será tão interessante quanto esse. 

Para variar, o título original é muito mais expressivo que a tradução. "Ghost in a shell" remete a "alma numa cápsula", o que mostra quem é a protagonista Major de forma bem clara.
 
Vale a pena conferir, tanto para quem surte filmes de ação e heróis quanto para quem gosta de ficção científica

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