Estrelas além do tempo - 2017 (filme)

Um dos filmes que está na corrida pela estatueta de Melhor Filme no Oscar desse ano é esse drama biográfico que conta a vida de três negras que trabalham na NASA: Katherine (Taraji P. Henson), Dorothy (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe). Além do Oscar de Melhor Filme, também está na corrida por roteiro adaptado e melhor atriz coadjuvante (Octavia Spencer).

A protagonista é Katherine, uma gênia matemática que aos 14 anos já havia completado o high school e aos 18 já terminara os estudos universitários. Ela, Mary e Dorothy conseguiram trabalho na NASA, mas na década de 60, além do ainda forte apartheid elas sofrem também por serem mulheres. Mesmo trabalhando na agência espacial que em pouco tempo se tornaria uma referência mundial, mas que ainda lutava contra a agência espacial russa, elas enfrentavam preconceito demais. Banheiro, bebedouro e até mesmo uma sala de trabalho segregados era o que elas tinham em seu ambiente de trabalho. Mas Katherine acaba sendo convidada para ser revisora de cálculos na equipe de Al Harrison (Kevin Costner), auxiliando Paul Stafford (Jim Parsons), que tenta boicotar seu trabalho lhe entregando as planilhas de cálculos com muitas linhas rabiscadas com tinta preta para ela não ver informações “confidenciais”. Com sua inteligência e talento, ela consegue conquistar o respeito do chefe, mas sempre com muitas restrições.

Ao mesmo tempo, Dorothy luta para conseguir uma vaga como supervisora, atividade que já executa frente às outras funcionárias negras, mas Vivian Mitchell (Kirsten Dunst) parece não gostar dela e não a ajuda na sua ascensão profissional. A sua oportunidade surge quando ela descobre que estão montando um computador da IBM e que ninguém sabe ainda como lidar com a máquina. Ela então resolve aprender antes de todos e também ensinar a todo o seu grupo de funcionárias. Já Mary Jackson, a terceira protagonista, consegue ir trabalhar com os engenheiros e sua luta é para conseguir se tornar engenheira dentro do grupo, pois para isso, a mesma Vivian também cria dificuldades, como sendo necessário que ela faça um curso de especialização numa universidade que não aceita negros.

As atuações do trio são ótimas bem como de Jim Parsons (embora as vezes eu acabasse lembrando dele em “Big Bang Theory”) e Kirsten Dunst (a namoradinha do homem aranha... Como ela está envelhecida, chega a ser assustador).

O filme é maravilhoso, emociona, nos faz rir e chorar e vibrar com cada conquista ou resposta inteligente e cheia de força que as mulheres dão a cada espetada preconceituosa que levam. Mesmo sabendo que alguns pontos foram tingidos em tons mais fortes para chocar um pouco mais, é incrível saber quanto elas precisaram lutar para mostrar seu talento. Se fossem homens brancos, com certeza teriam tido muito mais sucesso em sua vida. A luta das três mulheres é incrível e mostra quão difíceis foram aqueles anos para mulheres e negros (aliás, não parece que tenhamos melhorado muito nos últimos anos a não ser tornando o preconceito mais velado).

Vale a pena conferir!

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