Armas na Mesa - Miss Sloane - 2017 (filme)

Jessica Chastain dá um show nesse filme. Ela foi indicada ao Globo de Ouro, mas ficou fora do Oscar. Eu teria indicado ela no lugar de Natalie Portman, mas enfim... Não sou entendedor da sétima arte, apenas um apaixonado. Esse filme é maravilhoso, nos prendendo na cadeira do início ao fim. Uma trama tão bem amarrada, com tantas reviravoltas e um final surpreendente que nos deixa atordoados e tontos na saída da sala de cinema. Vale muito à pena conferir.

Sloane (Chastain) é uma lobista atuante junto aos senadores do congresso americano. É uma das melhores profissionais na área, o que lhe custa sua vida pessoal – quase nula – e suas noites de sono – ela vive a base de medicação para se manter sempre acordada. Estrategista das melhores, ela consegue usar seu time de colaboradores sem que eles tenham acesso a todo o seu planejamento. Também consegue manipular investidores e políticos. Trabalha numa grande corporação com Pat Connors (Michael Stuhlbarg), até que ela precisa trabalhar numa campanha para o aumento de venda de armas. Recebe então uma proposta para trabalhar em outra empresa, dirigida por Rodolfo Schmidt (Mark Strong) exatamente na função oposta, ou seja, lutando pela aprovação de uma emenda constitucional que dificulte o acesso às armas. Ela topa a troca de lado e ainda leva consigo quase todo o seu time de colaboradores. A batalha é intensa, com ambos os times lutando senador por senador para seu lado. Em paralelo, o filme mostra um processo contra ela, que ocorre algumas semanas depois dessa troca de empresas.

Ela é acusada de ferir a constituição e está num tribunal conduzido pelo Senador Ron Sperling (John Lithgow). Apesar de todas as atribulações, o único prazer que ela tem é um encontro semanal com um garoto de programas num hotel de luxo. Forde (Jake Lacy) é o rapaz que a satisfaz sexualmente, mas ele insiste em tentar saber quem ela é e o que ela faz da vida. Mas, fria, ela sempre consegue se esquivar das perguntas dele. Outro momento de descontração diário é o jantar num restaurante japonês, onde, algumas poucas vezes, ela leva Esme (Gugu Mbatha-Raw), uma de suas assistentes da nova empresa. Mas não se sabe mais nada da vida pessoal dela. Apenas que é uma mulher com uma ambição ilimitada, que quer,a cima de tudo, vencer todos os desafios que se lhe propõem, mesmo que para isso precise agir de forma ilegal algumas vezes.

Enfim, um enredo tão bem amarrado e que algumas vezes parece até baseado em fatos reais. Acredito que, por se tratar de um tema sensível ao público americano (a liberação e venda de armas), o filme tenha sido meio que barrado nas grandes premiações. Pois, para mim, enredo, direção, filme e atriz deveriam estar indicados ao Oscar. 

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