Beleza Oculta - 2017 (filme)

Com um elenco composto de astros e estrelas já vencedores ou indicados ao Oscar, um roteiro muito bem escrito e uma história emocionante, o filme me arrebatou. Helen Mirren e Keira Knightley então conseguiram me deixar sem ar em vários momentos. Will Smith está apenas razoável. Naomie Harris – que está na lista de indicados ao Oscar por “Moonlight” esse ano – e Jacob Latimore também foram grandes surpresas com atuações precisas. Um filme que fala da vida e de seus elementos básicos – a morte, o amor e o tempo – com diálogos que tocam fundo e nos deixa meio aéreos ao final, refletindo sobre o que somos e o que queremos de nossa curta existência terrena. Brilhante!

Howard (Will Smith) é sócio de uma agência de publicidade, mas com a morte de sua filha de apenas 6 anos, perde o rumo e o gosto pela vida. Com isso, a agência entra em crise e seus sócios e parceiros, Whit (Edward Norton), Claire (Kate Winslet) e Simon (Michael Peña), preocupados com o futuro, resolvem agir de forma a conseguir vender a sociedade antes da empresa quebrar. Contratam uma detetive particular (Ann Dowd) e descobrem que, em sua reclusão, Howard escrevera três cartas, endereçadas ao Amor, ao Tempo e à Morte. Eis então que esses três elementos surgem personificados na vida de Howard para questionar o que ele escrevera nas cartas. A Morte (Helen Mirren) é a primeira a fazer contato com ele. Em seguida, o Amor (Keira Knightley) e por fim o Tempo (Jacob Latimore). Nos discursos e diálogos que travam com o protagonista, cada um mostra a sua essência, sua importância e sua inexorabilidade. Denso, profundo. Em paralelo, Howard tenta se aproximar de um grupo que se reúne semanalmente para falar sobre suas perdas. O grupo é conduzido por Madeleine (Naomie Harris), que percebe a aproximação dele e a resistência ao mesmo tempo de se expor e abrir suas feridas. Uma delicadeza envolve seus diálogos até que o homem consegue finalmente se expor.

O filme não traz apenas um enredo, cercando a personagem central. Cada um dos sócios da agência tem também seus dramas pessoais expostos envolvendo as mesmas questões de tempo, amor e morte. Então, mais do que a história de Howard, o filme trata das questões fundamentais de nossa vida: o tempo que não podemos controlar, a morte, que chega para todos, e o amor, que é a essência e motivação para vivermos.

Recomendo e muito esse filme. Sei que estamos na temporada de Oscar e esse filme, sem nenhuma indicação, pode acabar sumindo das telonas rapidamente, então, CORRE! Pois vale a visita à sala escura com a tela de projeção, ao menos para ver a beleza do amor representada por Keira Knightley!

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