Horizonte Profundo: Desastre no Golfo - 2016 (filme)

Eu adoro filmes-catástrofe, principalmente quando se baseiam em fatos reais. Então, sou suspeito pra falar que esse filme é muito bom! Só não classifico como excelente pois achei a primeira metade muito longa, com algumas explicações sobre o funcionamento da plataforma de petróleo um tanto arrastadas. Tudo bem que era importante para sabermos as condições que a estrutura estava e também para captar as possíveis manobras que o time de plantão fez durante a tragédia, mas poderiam ter simplificado um pouco.

O filme fala do acidente com a plataforma de petróleo Deepwater Horizon (que dá nome ao filme e que, a meu ver não deveria ter sido traduzido, uma vez que até ganhou um complemento na tradução). A plataforma americana ficava no Golfo do México e era da petroleira BP (British Petroleum). O acidente aconteceu em 2010, deixando 11 mortos de uma tripulação de mais de 100 pessoas. O filme é narrado da perspectiva dos sobreviventes (baseado em seus depoimentos durante a investigação das causas). Mas pouco se fala das grandes consequências ambientais do vazamento de petróleo, que levou 87 dias para ser estancado, o maior acidente ambiental dos Estados Unidos de todos os tempos.

A personagem central é o engenheiro Mike Williams (Mark “Funky Funk” Wahlberg), que se torna um grande herói durante o acidente, sendo responsável pelo resgate do chefe da equipe, Jimmy (Kurt Russell), Andrea (Gina Rodriguez) e outros tantos tripulantes. O filme traz ainda John Malkovich como Vidrine, um dos executivos da BP que estava na plataforma e que pressionou o time para não fazer concluir os testes padrão que poderiam ter evitado o acidente. Além dele temos também Dylan O’Brien – protagonista da trilogia de Maze Runner – no papel de um dos mecânicos responsáveis pela limpeza da lama extraída do fundo do mar. Kate Hudson interpreta Felicia, a esposa de Mike e a pequenina Stella Allen faz Sydney, a filha do casal. Elas duas representam as famílias que ficaram em terra esperando notícias sobre a tragédia que acontecia em alto mar.

Os efeitos visuais e sonoros são muito realistas e nos transportam para dentro da embarcação junto com aquelas personagens. Diria até que o filme sem os efeitos não teria metade de seu impacto. Vale a pena conferir! Corre pois está em poucas salas de exibição e pode sair de cartaz logo logo.

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