Mogli: O menino lobo - 2016 (filme)

Tradicional história de nossa infância, mas numa roupagem moderna que só mesmo a Disney poderia criar em seus estúdios. A tecnologia nesse filme é o que mais importa. A história até fica em segundo plano. Os animais da floresta que interagem com Mogli (Neel Sethi) são todos criados em computador. O mesmo vale para os cenários. Enfim, o filme é um grande efeito especial. Parabéns ao menino que teve que atuar sozinho um filme inteiro enquanto cenários e personagens existem apenas dentro dos computadores e bem longe do chroma-key que ele encarou.

A história em si não tem nada demais. Mogli é um menino que foi abandonado na floresta e adotado por uma matilha de lobos. Ele vive e tenta se comportar como eles até que um dia o tigre Shere Khan (Idris Elba) decide que o humano não pode mais viver na floresta pois é uma ameaça potencial, principalmente se aprender a usar a flor vermelha (o fogo). Os lobos, em especial sua mãe Raksha (Lupita Nyong’o), e a pantera Bagheera (Ben Kingsley) não querem que ele se vá, mas ele decide então fugir, para que o tigre não machuque ninguém de sua família. Na jornada, além da pantera, também faz amizade com o urso Baloo (Bill Murray), que o adota. Porém, Shere Khan descobre e se vinga sobre os lobos. Quando descobre isso, Mogli resolve voltar e vingar sua família.

Bem clichê, com o herói passando maus bocados e também momentos descontraídos e divertidos, o filme não traz nenhuma grande novidade. Não gostei do final, pois esperava um destino diferente para o tigre e também não esperava uma atitude específica de Mogli. Seus atos acabam confirmando que humanos realmente não são confiáveis. Embora no final fique tudo bem. Enfim, por mim, o perdão das ofensas deveria ser válido para ambos os lados da história.

Mas que o filme é muito bem produzido e merece alguma estatueta das categorias mais técnicas do Oscar na próxima edição isso é fato! Vamos aguardar!

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