Joy (filme)

Jennifer Lawrence faz a personagem título do filme e carrega consigo a indicação de melhor atriz para o Oscar desse ano. Única indicação do filme, que poderia muito bem levar outras, como a atuação de Robert De Niro (coadjuvante). O filme é muito bom e o elenco ajuda. Além dos dois já citados tem também Bradley Cooper, Edgar Ramirez, Isabella Rossellini, Diane Ladd, Virginia Madsen e Dascha Polanco.

Joy é baseado em fatos reais mas não é um retrato fidedigno de como as coisas aconteceram. Joy, a mulher da vida real, aprovou as licenças poéticas do roteiro e disse que gostou bastante do filme. Mas quem é Joy? Uma jovem que no final dos anos 70 teve a brilhante ideia de criar um mop (esfregão com cabo) que podia ser torcido automaticamente sem precisar se tocar nos barbantes que formam sua base e ainda podia ser lavado na máquina de lavar. O filme mostra a vida dessa mulher, desde sua turbulenta infância até ela ter essa ideia que iria transformar sua vida, passando por toda a batalha para conseguir patentear e produzir o material. Joy conta com a ajuda do pai (De Niro) para usar um espaço na sua oficina mecânica para montar os mops. O investimento vem da namorada dele (Rossellini) e de uma hipoteca de sua casa. Além disso, ela conta com a ajuda do ex-marido Tony (Ramirez) e de um empresário que possui um canal de TV apenas de venda de produtos, Neil Walker (Cooper). A sua principal incentivadora é a vó Mimi (Ladd) e ela enfrenta muitos problemas com a mãe Madsen) que não tem vida social e se tranca no quarto dias e noites vendo TV.

A luta dela é grande e os obstáculos em alguns momentos parecem insuperáveis, mas sua visão de negócio e desejo de sucesso sempre a levam a frente.

Jennifer Lawrence está ótima e, para mim, será a nova Meryl Streep no futuro, com indicações ao Oscar sempre que fizer qualquer coisa. Ela convence tanto como adolescente como já quarentona. E a profundidade com que se entrega na personagem faz toda a diferença. Mas De Niro também brilha muito numa cena em que, ao tentar defender o fracasso da filha, ainda a afunda mais. Essa cena é de se aplaudir de pé. E achei sacanagem ele não ser indicado ao Oscar.

Bom, em resumo, o filme é ótimo e merece ser visto. Abraço e até a próxima.

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