A Grande Aposta (filme)

Segundo filme que assisti ontem, “A Grande Aposta” é indicado a 5 estatuetas do Oscar, incluindo melhor filme, melhor direção, melhor ator coadjuvante para Christian Bale, melhor edição e roteiro adaptado. O filme é realmente muito bom, mas se levar algum prêmio será o de edição, que deixou o filme bem ágil e divertido. Christian Bale está ótimo, mas não sei se leva não.

A história é baseada em fatos reais, quando houve a grande crise no mercado financeiro de Wall Street por conta da quebra do mercado de hipotecas nos Estados Unidos. Mesmo com temática que pareça não agradar e seja algo muito sério, o filme consegue transpor os fatos com muito humor e esclarecendo o economiquês que nós leigos não entendemos. Tudo começa dois anos antes da crise, quando alguns homens (que não tem nehuma ligação entre si a não ser que são investidores percebem o que pode ser uma grande oportunidade de lucro. O mercado de hipotecas está crescendo exponencialmente e algumas fraudes (ou estupidez) dos bancos não percebe a bolha que se forma.


Michael Bury (Bale) é um homem perturbado, que vive analisando números e não tem vida social. Ele é o primeiro a identificar o futuro colapso. Como gerencia um fundo de investimentos, procura os grandes bancos para fazer a sua aposta de que o mercado vai quebrar. Ele é recebido como louco e todos os representantes dos bancos topam fazer negócio com ele, pois não acreditam no que ele está fazendo e vêem oportunidade de ganhar dinheiro fácil. Em seguida, Jared Vennet (Ryan Gosling) fica sabendo do que ele fez e começa a procurar outros investidores que queiram o mesmo. Ele consegue convencer Mark Baum (Steve Carell) a apostar também nesse investimento. Aliás, Carell também é outro homem problemático, desde o suicídio de seu irmão. Isso afeta seu relacionamento com sua esposa Cynthia (Marisa Tomei) e ele fala as verdades na cara de qualquer um, grita pelas ruas e foge da terapia, além de lutar contra o sistema financeiro que julga ser um grande explorador da população com suas altíssimas taxas de juros e tal. Por último, os jovens Charlie (John Magaro) e Jamie (Finn Wittrock) também descobrem a oportunidade, mas como têm pouco capital, precisa da ajuda de um vizinho, Bem Rickett (Brad Pitt) para conseguir entrar na jogada.

Cada um deles sofre as consequências de acabar com a liquidez de seus investimentos na aposta que fazem, pois o mercado parece estar estável e levam dois anos para finalmente colher os frutos. Enquanto isso, o filme alterna os momentos de tensão pessoal com os movimentos do mercado financeiro e, quando a coisa vai muito complicada no economiquês, o filme abre parênteses e as pessoas que menos esperamos ver na telona, como a cantora Selena Gomez e Margot Robbie nos explicam os termos, jargões e expressões que então se tornam entendíveis. Uma comédia.

Enfim, o filme é muito bom e traz muito mais gente conhecida no elenco, que nem dá pra citar aqui. Vale a pena conferir e, quem sabe, pode até surpreender e levar o Oscar. A academia pode gostar da forma bem humorada que a crise foi apresentada.

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