Quando acordei hoje e fui para o facebook, vi algo que me chamou a atenção: uma chamada do jornal O GLOBO que dizia: Nada está ruim que não possa melhorar”. Era uma chamada para uma noticia que falava sobre o aumento de roubos de óculos de sol de marcas famosas no Rio de Janeiro. Ok, realmente a violência tem aumentado. Mas porque usar uma chamada tão negativa (repito aqui: Nada está tão ruim que não possa piorar). Gente, acordar e dar de cara com um negativismo assim, não entendo. Existem tantas outras formas de se noticiar o fato. Segui adiante e li uma postagem de um amigo: Marieta Severo dá um tapa na cara de Faustão em seu programa. Fui ver o vídeo que estava linkado. Na verdade, Marieta mostrou sua visão otimista de que, mesmo nessa crise, ela acredita que o Brasil vai melhorar, enquanto Faustão destilava a visão pessimista de que estamos num país arruinado. Adorei a visão dee Marieta e acho que devemos propagar sua mensagem, mas não da forma como as pessoas tem feito, onde se lê, sublinarmente: Faustão é um babaca e Marieta quebrou seus argumentos. Gente, eles não estavam brigando na TV. O importante é a mensagem positiva que ela passou, mas o que deu IBOPE foi o fato dela ter ido contra o apresentador. Ou seja, o que foi valorizado não foi seu discurso, mas o fato de ter descordado do apresentador dominical.
E tenho visto que á assim ultimamente. O que se valoriza é o confronto, e não as mensagens. Semana passada, quando o governo americano deu um passo gigantesco na equalização dos direitos ao casamento entre homossexuais ao dos heterossexuais, a enxurrada de mensagens nas redes foi “Chupa Malafaia”, “Engole Feliciano”. Em vez de apenas comemorar o acontecido, o que se queria era alfinetar os outros. Aí a grande maioria coloriu seus avatares no facebook para celebrar. Isso foi lindo. Mas bastou uns poucos não colorirem para serem achincalhados, forçados a se colorirem também. As pessoas precisavam se justificar por não mudar a cor da foto. Outros começaram uma estúpida batalha dizendo que só vão comemorar quando acabar a fome no mundo. Ok, causa justa, mas que não deveria desmerecer a vitória em outro campo. E assim as pessoas têm seguido. Sempre procurando atrito, conflito, em vez de comemorar as conquistas, em vez de pensar positivamente.
Tenho apenas 40 anos, não lembro muita coisa do período militar, mas lembro que a mensagem da “oposição” era em músicas que exaltavam uma luta otimista. Lembro de Gonzaguinha gritando “Viver e não ter a vergonha de ser feliz”, do slogan “Pra frente, Brasil!”, da frase “Dias melhores virão”. Enfim, em plena época de repressão, éramos ainda movidos por pensamentos positivos que com certeza influenciaram na melhoria de nossa situação. O otimismo leva à vitória. O pessimismo é o derrotismo. Você quer ser um derrotado ou um vencedor?
Então, vamos mudar nossa vibração? Vamos largar essa onda de pessimismo, de conflito e pensar de forma mais positiva? Em vez de lamentar a morte de um cantor e sua namorada, comemorar que outras duas pessoas pessoas sobreviveram ao acidente. Em vez de sofrer porque roubaram seu telefone, comemorar que estamos vivos. Em vez de sofrer porque perdemos o emprego, comemorar que ainda temos saúde para buscar outro. Em vez de lamentar que não temos como fazer uma viagem para Disney, comemorar por não nos faltar comida e amor dentro de casa.
Para toda situação ruim, sempre há algo que pode ser retirado da experiência como positivo. Como diz aquele ditado: “até um pé na bunda te empurra pra frente”. Não é difícil se você praticar. Pelo menos para mim. Talvez eu seja o último romântico dos litorais desse oceano atlântico. Mas prefiro seguir assim, sorrindo às adversidades e desejando um BOM DIA sempre do fundo do meu coração, e não apenas de forma robótica, respondendo sem pensar quando alguém me cumprimenta no elevador!
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