RoboCop (filme)

Pra quem muito julga o cinema brasileiro, o diretor José Padilha (de “Tropa de Elite”) mostra que o problema das produções nacionais é realmente o dinheiro. Com um orçamento de U$ 100MM, ele fez um mega blockbuster que só mesmo nos EUA se consegue fazer. Claro que além do dinheiro há toda a infraestrutura dos estúdios norte-americanos, mas a prova é de que nossos atores (que têm conquistado cada vez mais espaço em Hollywood) e diretores possuem tanto talento quanto as estrelas e astros formados nas academias internacionais.

O filme, refilmagem do original de 1987, se passa no ano de 2028 e traz Joel Kinnaman no papel de Alex Murphy, policial, casado com Clara (Abbie Cornish) e pai de um menino, que durante as investigações de venda de armas da policia de Detroit para a máfia, acaba sofrendo um atentado e tem quase todo seu corpo mutilado. A OmniCorp, empresa controlada por Ray Sellars (Michael Keaton) que fabrica robôs para patrulhamento de ruas no Iraque, está a procura de alguém que possa ser cobaia para um experimento do Dr. Dennett (Gary Oldman) e, assim, nasce RoboCop, meio homem, meio máquina, pois o governo americano não permite o uso das máquinas nas ruas. Enquanto isso, um programa de TV apresentado por Novak (Samuel L. Jackson) defende o uso de tais máquinas que trariam mais segurança para a população.

O homem tem sua consciência e controla os movimentos do corpo mecânico, mas chips influenciam também suas decisões e controlam até suas emoções. O grande mote do filme é exatamente essa dicotomia homem-máquina: será que a máquina domina o homem ou vice-versa? A razão supera a emoção ou a mente humana sempre vai superar qualquer tentativa de subordinação a controles robóticos?
 
Claro que há também muita ação, tiroteios, perseguições, explosões, que não podem faltar em filmes de ação.

Não sei se vale a pena conferir, pois não é o tipo de filme que me apetece. Fui e gostei, mas recomendo apenas a quem é fã do gênero.

Comentários