Somos Tão Jovens (filme)

Todos sabem que antes da Legião Urbana, o candango Renato Russo teve outra banda chamada Aborto Elétrico, cujas músicas foram divididas entre os membros da banda. Posteriormente, algumas dessas músicas viraram ícones na voz de Dinho Ouro Preto que assumiu os vocais do Capital Inicial. Isso é apenas um dos momentos mostrados nesse filme.



A juventude de Brasília no final dos anos 70 e início dos anos 80, a influência do Punk Rock, A dificuldade de Renato em assumir sua homossexualidade, sua arrogância frente aos amigos, as dificuldades de relacionamento... Enfim, tudo isso está ali. O filme é excelente. Apenas dois pecados: 1) A história acaba logo que a Legião Urbana vem para o Rio de Janeiro se apresentar no Circo Voador e não mostra a trajetória de sucesso da banda; 2) A câmera tremida me deixou tonto em vários momentos do filme, e dá um ar amador à produção.

Tirando esses dois detalhes, o filme é ótimo. Drama, risadas, curiosidades... e uma caracterização espetacular. Thiago Mendonça incorprou os trejeitos de Renato Russo de uma forma que parece que estaos vendo o próprio Manfredini na tela. Além dele, o Dinho Ouro Preto de Ibsen Perucci também está ótimo, mas o melhor de todos é o Herbert Vianna de Edu Moraes. O menino fala igualzinho ao Herbert. Muito bom mesmo.

Uma curiosadade que precisei buscar no Google pois o filme não explica. O filho de Renato Russo não foi com Ana Cláudia, mas sim com uma modelo que era fã da banda que ele conheceu quando já estava fazendo sucesso.

A cena mais emocionante pra mim foi quando Renato canta "Ainda é Cedo" em homenagem a Ana Cláudia (Laila Zaid), mas o filme todo é poesia. Imperdível. Até mesmo para quem não viveu naquela época e que nem mesmo conhece Legião Urbana. É o retrato de uma geração, especificamente dos jovens da capital federal do país.

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