Carta de Amor - Maria Bethânia (show)

Neste fim de semana, Maria Bethânia apresentou no Rio o seu mais recente show, Carta de Amor, e nos dois dias, ainda foi feita a gravação para lançamento do DVD. O show tem como base as canções de seu último CD, Oásis de Bethânia. A diva nem precisaria de uma orquestra, pois sua voz a capela enche o ambiente com suas interpretações, como faz no bis com “Explode Coração”, mas a orquestra que a acompanha só tem feras e é conduzida pelo grande maestro Wagner Tiso e seu piano. Aliás, Bethânia deixa Tiso e a orquestra sozinhos no palco no meio do show para sua apresentação instrumental de “Maria, Maria”.

O show tem cerca de 1h40min e, além das canções do CD novo, ela traz releituras de grandes clássicos já gravados por ela, sempre intercalando com as novas, como fez em “Casablanca” e “Na Primeira Manhã” e “Salmo” com “Canções e Momentos”. Dos sucessos, ela traz logo no início, uma emocionante versão de “Sangrando”, que me levou às lágrimas (e você percebe isso pela forma como a câmera treme durante a filmagem. Também apresentou “Negue” (me levando as lagrimas a segunda vez), “Fera Ferida” (mais uma vez chorei), “Dora”, “Dona do raio e do vento” entre outras. Das novas, a mais aplaudida foi a que dá nome ao show “Carta de Amor”. Para encerrar, ela cantou “Mensagem” abrindo o bis e encerrou o show com “O que é o que é”, que acho que não estava no script, pois ela esqueceu parte da letra. Pra ficar completo o show, faltou apenas “Detalhes” e torço para que ela inclua no repertório quando voltar ao Rio, dia 24 de maio (já comprei meus ingressos).
 
Imperdível, um espetáculo! A iluminação e os poucos elementos de cenografia (4 fileiras de lâmpadas que descem do teto) tornam o palco ainda mais repleto, fazendo eco para essa grande voz. Bethânia é uma intérprete magnífica, fazendo rir e chorar, com a simples entonação que dá às palavras e aos poucos movimentos corporais que emprega. Sua voz sai sem esforço algum e preenche todo o teatro. Não vejo outra artista que tenha tal capacidade de mexer tanto com as nossas emoções como ela.

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