Amigos, Amigos, Amores a parte (teatro)

Ontem foi a ultima apresentação da estréia nacional de “Amigos, Amigos, Amores à Parte” no Teatro Eduardo Kraichete. A peça vai seguir agora pelo Nordeste (Natal, Fortaleza) e depois segue em tour pelo Brasil, ainda sem data confirmada para chegar ao Rio de Janeiro. A comédia romântica, escrita por Junior de Paula e Anna Carolina Nogueira, é muito atual. Traz temas em que todos nós já nos vimos envolvidos: amizade que se confunde com amor, separação, amor platônico, sonhos pessoais adiados por planos profissionais... Um texto delicioso, apresentado por quatro atores num ritmo acelerado e de forma a prender nossa atenção em tempo integral.

João Pedro (Daniel Rocha, o Roni de Avenida Brasil) vai para New York tentar a sorte como advogado e deixa Catarina (Julia Faria, a patricinha Monica de Passione),sua melhor amiga no Brasil, mas não sem antes ela fazer uma declaração de amor bêbada na véspera de sua partida. Confuso, ele não sabe os sentimentos que nutre por ela. Entre torpedos, emails e conversas via skype, eles não conseguem esquecer um do outro. A tecnologia é peça fundamental do enredo (como é também nas nossas vidas), sendo a personagem central da trama. As semanas vão passando  e ambos acabam se envolvendo com outras pessoas. Ele conhece Ana (Mariana Molina, rosto conhecido por algumas novelas na Globo, como Amor Eterno Amor), uma brasileira independente e “pra frentex” (gíria velha, eu sei). Ela incorpora o espírito de NY. Mulher que vive sozinha, mas não solitária. Do outro lado, no Rio de Janeiro, Catarina se envolve com um colega de trabalho, Juliano (Fernando Roncato) mas não consegue esquecer sua paixão, João Pedro. Entre bebedeiras, encontros, desencontros, mensagens truncadas, conexões perdidas, toda a sorte de empecilhos faz a vida deles dar voltas e mais voltas. E a dúvida permanece no ar o tempo todo. Seria aquilo uma amizade ou amor de uma vida?
 
Os atores estão muito bem em cena, mas quem rouba a cena é mesmo Mariana Molina. Não sei se a sua interpretação, ou a personalidade forte de sua personagem. Mas ela está de parabéns!




A escolha da trilha sonora também está acertadíssima, tendo até uma música do Projeto Felindie (que eu amei, com músicas da banda de pagode Raça Negra) e uma versão de New York, Nem York que eu nunca tinha ouvido (aliás, se alguém souber, me avise, por favor. Quero uma cópia).

Bom, infelizmente ainda não sabemos quando a peça estará de volta ao Rio, mas fiquem de olho e sigam o @aleatorio no twitter, pois ele contará as novidades.

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