Nenhum de Nós e Biquini Cavadão (show)

Banda que fez sucesso nos anos 80 e 90, Nenhum e Nós reapareceu nos palcos do Rio esse fim de semana. Numa dobradinha com Biquíni Cavadão, eles se apresentaram na Fundição Progresso no último dia 15. O show começou antes de meia-noite, então a casa ainda não estava muito cheia e estava tranqüilo circular na pista. Consegui chegar bem perto do palco e notei que havia um grupo de fãs que cantava praticamente todas as músicas com a banda. Mas a grande maioria só cantou mesmo os sucessos, como “Camila”, “Sobre o Tempo” e “Astronauta de Mármore” (meu mesmo me enquadrei nesse grupo.

Thedy Corrêa, gaúcho, vocalista da banda, tentava fazer o povo se animar, mas a audiência não correspondia. Foi um show fraco, para um público que estava mesmo querendo ver  Bruno Gouveia e o Biquíni. Mas, se pensarmos que foi apenas um show de aquecimento, enquanto o público vai se acomodando para a atração principal, até que a apresentação cumpriu seu papel, trazendo aquele clima de RockBR.  Preciso confessar: o vocalista desafinou horrores, sem falar que gritava e, em alguns momentos balançava o microfone freneticamente para dar algum “efeito especial” a sua voz. Não entendi direito.
 
Quando finalmente começou o show do Biquini, Bruno Gouveia fez o público pular logo na primeira música, “Chove Chuva”. Enquanto cantava e todos pulavam, ele ainda jogava água na platéia. Tudo indicava que seria uma noite de muita agitação. Em seguida, convidou Thedy para voltar ao palco e cantaram duas músicas juntos (uma delas, “Astronauta de Mármore” de novo). Depois emendou com “Carta aos Missionários” e então começou a cantar o repertório de seu novo CD – Roda Gigante. Aí o público deu uma esfriada, apenas os fãs se agitando, cantando e pulando. Mas em seguida ele voltou aos sucessos, cantando “Janaína”, “Vento, Ventania”. E foi alternado as músicas novas e antigas para agradar a todos. Entre as famosas, “Tédio”, “No Mundo da Lua”, “Impossível” e “Timidez”. Na volta para o bis, guitarrista e baixista simularam um duelo, tocando acordes conhecidíssimos do mundo do rock, passando por Stones, Oasis, Led Zeppelin, Eric Clapton, Queen, Guns e muitos outros. Então Bruno voltou e encerrou a noite com “Zé Ninguém”.

Biquini é uma das poucas bandas, junto com Capital Inicial, Paralamas e Titãs, que ainda tem fôlego para novas criações e conquista novas safras de público, continuando a ser executado nas rádios, ao contrário de Nenhum de Nós, que não conseguiu manter-se no mercado e muito menos consegue emplacar novos sucessos nas rádios. Assim, embora eu mesmo conheça pouco do novo CD de Biquini, considerei a apresentação muito boa e renovada (o último show deles que eu tinha visto, em 2010, tinha apenas os sucessos e muitos covers de outras bandas dos 80).

Parabéns ao Biquini por conseguir se manter nessa dura estrada, na contramão das rádios e gravadoras que massificam e industrializam cada vez mais o lixo que a nossa juventude consome.

Comentários

  1. Falou merda sobre o Nenhum de Nós, pesquise a discografia da banda antes de emitir opinião. Estive no show, pois gosto muito das duas bandas, o que ocorre é que infelizmente o Nenhum de Nós não tem público no RJ, mas isso não o torna uma banda ruím.

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