Amanhecer - Parte 1 (filme)

Acabei indo na estreia sexta-feira passada daquele que se tornou a maior bilheteria de fim de semana de estréia de todos os tempos no Brasil, o quarto filme da saga Crepúsculo, que retrata a parte inicial do quarto e último livro da série. Fui, pois como já tinha visto os outros três, não quero perder o desfecho da história. Mas fui com pé atrás, pois a interpretação do casal de protagonistas, Bella (Kristen Stewart) e Edward (Robert Pattinson) já me deu arrepios nos outros três episódios. Não, não quero dizer que eles são assustadores, mas sim que são péssimos atores. Kirsten continua com a mesma cara insossa para todas as cenas. Juro que na cena do casamento fiquei na dúvida se ela estava enjoada, infeliz, nervosa, angustiada e até agora não sei o que se passou (seria bom ter uma legenda indicando as emoções, mas infelizmente ainda não fazem isso).

Mas o filme é bem interessante. Mesmo sem ter grandes cenas de ação, o filme é bem amarrado (mérito da escritora Stephenie Meyer) e traz também Jacob, o lobisomem (Taylor Lautner) que sabe representar bem seu papel. Na cena que ele descobre seu “imprinting” era totalmente desnecessário o efeito de cenas mostrando o que é esse tal sentimento. O rapaz consegue mostrar isso com sua expressão. Já se fosse com o casal de vampiros... Enfim, não vou mais criticar eles dois, pois todos fazem isso.

O filme começa já com o casamento de Bella e Edward, passa pela sua lua de mel e segue com a gravidez de Bella. Aliás, mais uma vez, a cara dela era a mesma para retratar sua dor, sua felicidade, seus medos (putz, já estou falando mal dela de novo, desculpem).

A qualidade dos efeitos ainda é fraca quando se fala dos lobos, mas melhorou bastante nas caracterizações vampirescas. O melhor de tudo é que Edward não é mais purpurinado. Parece até que o batom dele foi diminuído. Ponto para a maquiagem!

Ah, sim, esqueci de comentar que o casal vem para o Brasil passar sua lua de mel. Para ir do aeroporto até a Marina, onde um barco os levará a uma ilha particular, eles passam a pé pela Lapa (sim, eles devem ter chegado num fim de semana, quando a Lapa fecha acesso aos carros e foram obrigados a cruzar a pé) e cruzam com pessoas sambando loucamente, um verdadeiro carnaval, com garçons equilibrando badejas com muita caipirinha... aquela imagem bem americanóide da terra brasilis. Mas o mais surreal são as poucas palavras que Edward troca com o caseiro e sua esposa. Ele, como vampiro, ser secular, conhece todos os idiomas do mundo, né, mas parece que dedicou-se pouco ao português. Hilário!

Não recomendo o filme a quem não é fã da saga, mas pra quem, como eu, já viu todos os filmes da série, não desista agora e vá até o último episódio, que deve estrear ano que vem nas telas.


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