Bent (Teatro)

Ontem finalmente assisti Bent, peça de Martin Sherman, traduzida por Luiz Fernando Tofanelli e dirigida por Luiz Furlanetto. A peça retrata como era a vida dos homossexuais alemães durante os anos de Hitler. Eram caçados como os judeus, aprisionados, maltratados e enviados a campos de concentração, recebendo um tratamento ainda pior que o povo israelita. A peça mostra a vida de um casal gay, Max (Augusto Zacchi) e Rudy (Augusto Garcia). O primeiro leva uma vida promíscua, constantemente bêbado e drogado. O segundo é bailarino e trabalha em um cabaré. A vida dos dois é um inferno pois vivem fugindo de cidade a cidade para não serem pegos pelos nazistas. Em Berlim, numa noite, Max leva para casa um soldado da SA, Wolf (Vinicius Vommaro). No dia seguinte a casa deles é invadida e o soldado é morto pela polícia. Os dois então fogem e vão morar nos arredores de Berlim, no meio de um acampamento de desempregados. Acabam sendo presos e enviados a um campo de concentração. No caminho, no trem, conhecem Horst (Gustavo Rodrigues) e descobrem que o tratamento para judeus é menos pior que o dado a homossexuais. Então começa a batalha pela sobrevivência.
 
O enredo é denso e o jogo de sena é profundo, com cenas de nu, textos de conotação sexual forte e muita violência. Não é uma peça para quem não tem mente aberta. Achei muito boa e, pelo que li, a crítica (leia-se Barbara Heliodora) também aprovou. A peça tem forte conotação contra a homofobia e vem a tona no Brasil em momento muito oportuno, quando temos visto muita violência contra os homossexuais.

Vale a pena conferir. Mas corram, pois deve sai de cartaz em agosto. A peça está no Teatro das Artes, Shopping da Gávea, às segundas e terças, 21h.

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