A Rede Social (filme)

Nunca imaginei que a vida de um nerd de Harvard pudesse render um filme tão interessante. Mesmo sendo esse nerd o fundador do site “Facebook” e alçado à condição de bilionário aos 26 anos de idade.

O filme retrata suas primeiras ações, ainda na universidade, para criar o maior site de relacionamentos da atualidade, os problemas e processos que enfrentou e como conseguiu monetizar sua criação. As amizades e inimizadaes que fez e perdeu, as alianças certas e erradas, as apostas, trapaças, enfim, tudo o que acontece em qualquer negócio quando se percebe que ele pode movimentar rios de dinheiro aliados a tecnologia, relações pessoais, processos e julgamentos, tudo isso misturado numa muito bem amarrada trama. As duas horas do filme passam tão rapidamente que eu queria que durasse um pouco mais, pois ainda tinha mais coisa pra ser contada.

Filme bem dirigido e produzido, com um elenco de desconhecidos (exceto por Justin Timberlake que interpreta o criador do Napster, Sean Parker) tem seu protagonista Mark Zuckerberg interpretado por Jesse Eisenberg, que fez uma pequena participação em “O Solteirão” (com Michael Douglas). Ainda desconhecido do grande público (ou pelo menos de mim), ele brilha na sua interpretação, ora um grande nerd, ora um homem que simplesmente ignora o mundo ao seu redor. Os demais jovens atores também são muito bons e destaco a atuação de Armie Hammer que interpreta os gêmeos Winklevoss, responsáveis pelo primeiro processo contra o protagonista. O rapaz consegue dar vida aos dois irmãos tão diferentes que até cheguei a ficar em dúvida se eram interpretados por um único ator.

Algumas curiosidades sobre o filme:

O site “facebook” era originalmente “thefacebook” e tinha acesso restrito aos estudantes de Harvard. Aos poucos foi expandido para outras universidades americanas e finalmente chegou à elite universitária européia. Seria esse o motivo que até hoje o facebook seja considerado uma rede social para a elite, enquanto o Orkut é para o povão?

O filme conta um pouco da trajeória de Sean Parker, criador do Napster. Acho que esse seria um enredo de um outro bom filme. Mas será que o fato dele ter sido tão bombardeado pela indústria fonográfica tenha também jogado água num projeto de registro dessa biografia?

Vale à pena conferir esse filme. Se eu fosse o bonequinho do Globo, aplaudiria de pé! É isso aí!

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