Por Uma Noite (Musical)

Ontem à noite fui assistir ao musical “Por Uma Noite” no Teatro Miguel Falabella. O espetáculo conta a história de um grupo de músicos que trabalha na Broadway na peça “O Fantasma da Ópera” que decide fazer uma montagem com uma compilação de músicas de diversos espetáculos da broadway. É a chance para esses músicos brilharem como cantores e dançarinos. Eles são estimulados por John (Jules Vandystadt) e têm em Jennifer (Jessica Dannemann) o seu contraponto. Ela acha que eles nunca conseguirão montar sua peça. No grupo ainda estão Elisabeth (Rosana Chayn), uma sonhadora e bastante burrinha brasileira, Olga (Thati Lopez) e Julie (infelizmente não sei o nome da atriz que a representou na sessão de ontem, pois era uma substituta).

Os homens do elenco são um pouco melhores como dançarinos do que as meninas, que mostram-se totalmente sem jeito nos números musicais, (à exceção de Thati, que tem boa desenvoltura). Mas todos cantam de forma pelo menos razoável. A peça é um tanto quanto fraca. O enredo não costura direito a história com os números apresentados. Em muitos casos, as músicas nada têm a ver com as cenas onde se desenrolam. Aliás, há dois momentos patéticos. O maior mico é quando Jules e Leonard (Leandro Camacho) dançam “Under the Sea”. Coreografia e figurinos patéticos (veja na foto). Além desse micão, outro ponto nada a ver é quando um dos bailarinos entra em cena com passos de street dance ao som de “Dancing Queen”. Só mesmo a gíria de Tati (personagem de “Cócegas”) para explicar a cena: “tipo assim, nada a ver!”.

A cenografia é bem simples, mas isso não seria motivo para desmerecer a peça (lembro que em “O Despertar da Primavera” os cenários eram bem simples também). Mas a iluminação também não ajuda e a falta de uma orquestra – substituída por bases pré-gravadas – também prejudicam bastante. Mas o pior do musical mesmo ainda é a protagonista Jennifer. A atriz (Jéssica) não possui carisma algum, usa um cabelo vermelho comprido queem nada combina com a personagem, dança mal e canta de forma apenas razoável. Por coincidência, nos créditos consta o sobrenome da atriz como “realizadora” da peça. Talvez isso justifique sua presença em cena.

Eu já sabia que este não seria um grande musical, até mesmo pela sala onde é realizado, pois esse teatro não há uma grande infra-estrutura e nem é palco de grandes montagens, então, por isso, minha decepção não foi grande. Mas também não posso dizer que tenha gostado ou recomende para meus amigos.

(fotos: Divulgação – Flickr)







Comentários