Viajar é bom?

Hoje estou aqui para compartilhar algumas dúvidas sobre o comportamento das pessoas num aeroporto e dentro das aeronaves. Não, não vou falar daqueles que rezam antes da decolagem, que apertam a mão de seu companheiro na aterrissagem. Não há o que falar desses dois momentos, pois são realmente muito tensos para boa parte das pessoas. Não me afetam, pois tenho a incrível capacidade de dormir tão logo ouço um dos comissários diz “Embarque encerrado! Portas em Automático!”. Parece até que sou parte do meu telefone. Eles pedem para desligar os aparelhos e eu me desligo.

Por que quando um vôo é anunciado no alto-falante do aeroporto inidicando o embarque preferencial de gestantes, idosos e pessoas com necessidades especiais, a quase totalidade dos passageiros se levanta e se põe em fila para o embarque? Durante muito tempo achava isso desenecessário, pois os lugares são marcados. Pra que então ficar numa fila se o piloto deverá esperar o embarque de todos os passageiros? Mas com o tempo, passei a gostar dessa atitude dos passageiros, pois se todos continuassem sentados os vôos acabariam atrasando. E acho melhor ainda, pois posso continuar sentado esperando que a fila toda ande e somente então me encaminhe para o portão de embarque.

Outra coisa que me irrita são aquelas pessoas que insistem em carregar muitos volumes. Além de carregar o seu notebook que não pode mesmo ser despachado, insistem em levar uma mala maior do que o tamanho apropriado para a cabine, bolsas com as comprinhas que fizeram nas lojas caríssimas do aeroporto (mas a maioiria leva mesmo é o excesso que não coube na mala ou provocaria o pagamento de excesso de bagagem), revistas e livros além do guarda-chuva, paletó ou casacão. Meu Deus, se no avião fizesse o frio que essa gente espera eu morria congelado. E a quantidade de revistas e livros? Gente, numa viagem para a Europa ou para o outro lado do mundo, ok, entendo, mas na ponte aérea você não vai conseguir ler os 2 jornais mais a Veja, Vejinha, Exame, Você, Caras, e sua edição de 1000 páginas do Xogum! Despachem isso no check-in, pelo amor de Deus.

Repensando um pouco o que disse nos parágrafos anteriores, acho que entendo o porquê das filas para o embarque. Embora o assento seja marcado, o espaço para acomodar a bagagem é limitado, então é importante entrar logo no avião para garantir seu espacinho... Só pode!

Bom, uma vez dentro da aeronave, me irritam aqueles seres que se fazem de idiotas e sentam no nosso lugar! “A poltrona B não é a do corredor?”. A frase “Não, idiota, olha o desenho ali em cima. A poltrona B é a do meio!” vem à minha garganta mas seguro e digo apenas “Você se enganou, a sua é a do meio”. Aliás, eu sempre prefiro viajar no corredor. Quem não deve gostar são as aeromoças, pois eu durmo e estico a perna para o corredor. Na hora que elas vem com o lanchinho (ou barra de cereais) empurrando o carrinho, sempre batem no meu pé.

Uma coisa que me diverte são as pessoas que não conseguem colocar o cinto, ou pegam a fivela do meu cinto e prendem no delas. Meu Deus, não é tão difícil assim, é? E quando a aeromoça começa com os procedimentos de segurança em caso de emergência? Tenho crises imaginando algumas situações, tipo alguém fumando escondido no banheiro e abanando a fumaça para não ser detectada pelo alarme, ou as mulheres tirando os saltos para não furar os botes em caso de queda no mar. Será que alguém vai lembrar disso na hora do desespero? Espero nunca passar por isso para saber!

O melhor mesmo é quando aterrissamos. O comandante fala para manter os cintos apertados até a parada total da aeronave, mas metade dos passageiros já está de pé, se acotovelando, abrindo os compartimentos de bagagem. Pra que a pressa, minha gente? Quanto tempo você vai ganhar saindo correndo atropelando os outros passageiros? Dois minutos? Isso vai mudar seu dia? Eu prefiro ficar sentado esperando as portas abrirem. Mas, como eu sento no corredor, os dois cidadãos ao meu lado já estão de pé, me olhando de cara feia, tortos, pois a cabeça fica batendo no bagageiro e muitas vezes ainda tomo porrada na cabeça, pois no afã de pegarem logo suas bolsas, mochilas e notebook, o maldito livro do Xogum cai de dentro da sacola da lojinha de revistas do aeroporto!

Depois de sair do avião, começa o empurra-empurra pra pegar a mala na esteira! Pra que ficar todo mundo com o carrinho na boca da esteira, passar na frente dos outros. Gente, há uma faixa amarela para nos manter afastados da esteira. Custa aguardar atrás dela e se aproximar SOMENTE quando sua mala chegar? Malas recolhidas (se não houve algum problema na maldita conexão que você correu para pegar o vôo seguinte esquecendo que sua mala não corre e elas acabaram seguindo em outra aeronave) é hora de sair para pegar um táxi ou encontrar aqueles parentes (sim, só quem te espera no aeroporto são parentes, em geral esperando a lembrancinha do Free Shop ou a encomenda de perfume e acessórios). Mas fala sério, atire a primeira pedra quem nunca ficou lendo aquelas plaquinhas com nomes de gringos e se sentiu frustrado por não ter uma com seu nome? Comigo já aconteceu isso! Eu estava chegando em Tel Aviv e haveria um motorista me esperando. Quem disse que o cara tava lá? Quem disse que teve plaquinha com meu nome?

Depois disso, desejo a todos uma ótima próxima viagem! E a minha é hoje a noite mesmo, rumo a Aracaju, com escala em Salvador. E volta programada para segunda, seguindo até São Paulo! Beijos e até a volta!

PS: Não, não vou trazer lembrancinhas, do tipo imã de geladeira, bonequinho do Lampião ou pacotes de castanha de caju!


Fred Mendelski (06/05/2010)

Comentários

  1. já q não é afim d trazer lembrancinhas, manda um imã de geladeora pelo correio?????
    rsrsrrsrs
    ótimo texto
    bjusol

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