As Pontes de Madison (Peça)

Ontem a noite tinha decidido que meu programa seria cinema. Queria ver o filme do Woody Allen. Só está passando em uma sala na cidade, no Shopping Leblon. Para minha surpresa, uma hora antes do início da sessão os ingressos já estavam esgotados. Como depois do cinema o programa era ir no Restaurante 00, decidi ir para o Shopping da Gávea e ver algum filme por lá mesmo.

Chegando no Shopping, vi que havia duas peças em cartaz que também quero ver: Tango, Bolero e Cha Cha Cha (com Edwin Luisi) e As Pontes de Madison. Como ainda faltava 30 minutos para o início da sessão, fui tentar comprar ingressos, já pensando em ficar nas últimas fileiras. Para minha sorte, havia uma senhora vendendo dois ingressos para a fila B. Comprei no ato e fomos ver a peça de Marcos Caruso e Denise Del Veccchio (ela substituiu Jussara Freire na montagem que está em cartaz).

Que peça linda, que história emocionante! Após a morte da italiana Francesca (Del Vecchio), seus filhos estão em Madison para decidir o que fazer com o espólio. Entre os documentos deixados num cofre de banco, encontram uma carta e a chave de um baú. Dentro do baú, cadernos escritos por sua mãe relatam o caso de amor que teve há mais de 20 anos, durante 4 dias, quando seus filhos e maridos estiveram fora da cidade. Ela conheceu Robert (Caruso), repórter da National Geographics que estava na cidade para fotografar suas pontes. A peça alterna entre a leitura das cartas e a encenação do casal de protagonistas durante os dias que estiveram a sós no final da década de 60. Uma história de amor, com todo o lirismo que o tema pede. E com uma interpretação do casal de tirar o fôlego.

Muitos risos, alguma tristeza, mas principalmente muita beleza nessa história que já foi até mesmo filme de Hollywood (com Clint Eastwood e Meryl Streep) que ainda não vi, mas agora quero ver, pois Meryl Streep deve dar um show...

Vá, assista e delicie-se! Uma obra que mostra que teatro é muito mais do que uma meia dúzia de atores dizendo abobrinhas intercaladas com palavrões e gestos obcenos! Comédia é bom, sim, mas uma peça como essa é MUITO MELHOR!

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