Divã (Crítica de Cinema)

(por Fred Mendelski – 07/05/2009)

No ultimo domingo assisti ao filme Divã com Lilia Cabral no papel principal (Mercedes) e José Mayer, Reynaldo Giannechini, Cauã Reymond e Alexandra Richter completando o elenco. Esse bom elenco sustenta a história, fraca e cheia de clichês, que vão desde a cena onde a personagem experimenta maconha, rindo e achando que não “está sentindo nada” e sendo pega pela polícia até o figurino. Todas as roupas de Mercedes possuem um tom azulado, exceto nas cenas em que sai para boate ou está mais feliz ou enfrentando situações totalmente novas. Técnica tão batida quanto desnecessária.

O filme retrata a história de Mercedes, uma dona de casa que não trabalha fora e cuida dos seus dois filhos e marido. Uma pessoa como tantas outras nesse nosso país. Ela resolve fazer análise, embora considere-se feliz e sem necessidade de qualquer tipo de terapia. Aos poucos, vai descobrindo que precisa ser desejada novamente, precisa conhecer um mundo diferente do seu. E, por conta disso, acaba conhecendo outros homens e se separa do marido.

Não li o livro de Martha Medeiros e nem vi a peça no teatro com a mesma Lília Cabral, então não posso falar se o problema foi na adaptação para a tela grande ou se é do texto em si. O roteiro seria ótimo para um especial de TV, mas fica diminuído quando apresentado numa tela de cinema. O filme não é ruim, pelo contrário, há cenas muito boas, mas é o tipo de programa que podemos esperar sua reprise na TV.

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