Anjos e Demônios (Crítica do filme)


(por Fred Mendelski, 19/05/2009)

O filme é baseado na obra homônima de Dan Brown, mesmo autor de “O Código da Vinci” e “Fortaleza Digital”. Com Tom Hanks (Robert Langdon) encabeçando o elenco e ainda Ewan MacGregor (o Camerlengo) e Ayelet Zurer (Vetra) entre outros, sob batuta do diretor Ron Howard. Assisti ao filme logo na sua estréia para não chegar ao cinema contaminado pelos comentários de terceiros. Sem saber como a história de Dan Brown havia sido roteirizada, produzida e dirigida, tinha em mente apenas os comentários acerca das proibições de filmagens na cidade do Vaticano. Mas nem mesmo críticas mais severas da Igreja Católica foram lidas por esse interlocutor.


Antes de comentar o filme, falo rapidamente sobre os livros de Dan Brown: “Anjos e Demônios” e “O Código da Vinci”. Ambos possuem o mesmo personagem central, sendo a segunda história atingido uma vendagem superior ao primeiro. Mas, ao contrário do que a expresiva diferença nas vendas representou, achei o primeiro livro muito superior ao segundo. Então nada mais certo – em minha cabeça – que sua produção para o cinema fosse igualmente superior. Enredo tenso, com alguma ação, o livro prendia atenção e esperava o mesmo do filme. Estava ansioso para ver como seria a transcrição para a tela grande. Mas, com o corte de alguns personagens, mudança da história de outros e redução significante de tramas, o filme deixa a desejar. Tanto para quem leu o livro, quanto para quem assistiu ao “Código da Vinci”, a decepção com o filme é grande.


As cenas de ação são bem inferiores à perseguições a Robert Langdon no filme anterior. A trilha sonora é cansativa e repetitiva, não contribuindo para o clima de suspense. Dentre as atuações, nenhum grande destaque. Considerando-se então a carreira de sucesso de Hanks, pode-se dizer que ele deixou a desejar – ou talvez o personagem seja mesmo fraco e com pouca representatividade. Destaco a reprodução dos cenários (Basílica de São Pedro, Capela Sistina e aposentos do Papa), que são reproduções quase perfeitas dos locais originais, fruto de um trabalho dedicado da equipe de produção.


Com certeza o filme será um blockbuster nas locadoras (se é que ainda existem fimes nessa categoria) e um sucesso na sua exibição na TV a cabo. Mas no cinema, não espere muito não.


Comentários