A Bússola de Ouro


Depois de ter lido diversas críticas, resolvi assistir ontem ao filme “A Bússola de Ouro”. Já fui sabendo que esse é o primeiro de uma trilogia de filmes e, por isso mesmo, não me decepcionei com o final. Como não li o livro, não tenho como julgar a adaptação. Só sei que quando eles mencionam “Magistério”, a referência é mesmo a “Igreja Católica”, mas isso é fácil de se perceber mesmo sem ter lido o livro ou as críticas já feitas.

A história: a menina Lyra – que não sabe mas é a única que consegue ler a bússola de ouro – parte em busca de seus amigos e outras crianças que foram aprisionadas por representantes do “Magistério”. Nessa jornada por diversas cidades e lugares incríveis, como o pólo norte, encontra figuras fantásticas que a ajudarão na missão de resgatar os sequestrados. Como todo filme de fantasia, há diversos seres fantásticos, como o urso polar Iuri, feiticeiras e os “dimons”, que representam a alma dos seres humanos e assumem a forma de animais.  

A atuação de Nicole Kidman é exemplar, como de costume. Ela chega a assustar mesmo. Também destaco a atuação da menina Dakota Blue Richards, pois ela teve de contracenar em todas as cenas com o seu “dimon” e com o urso polar Iuri que são na verdade efeitos especiais adicionados após as filmagens. Aliás, efeitos especiais e computação gráfica muitas vezes passam despercebidos, de tão integrados que estão aos cenários e elenco. É um filme que vale o dinheiro pago pela entrada. O filme não é longo (menos de 2 horas) e por isso mesmo não fica cansativo. Em alguns momentos, a narrativa poderia até ser mais curta, para explicar melhor a amarração entre as cenas, mas quem gosta desse tipo de riqueza de detalhe poderá conferir os extras que com certeza estarão no DVD.

O único pono negativo de ontem não está ligado ao filme em si, mas à qualidade do áudio da sala de cinema. Os efeitos de surround estéreo volta e meia eram perdidos, ficando apenas o som que vem da parte da frente da sala de projeção. Durante a sessão nenhum técnico apareceu para constatar o problema, que o diga, para corrigí-lo. Ao final da sessão fui reclamar na administração do UCI e a única coisa que ouvi foi: “vamos avisar aos técnicos que acertem o problema para a próxima sessão.” Será mesmo? Não é a primeira vez que tenho esse tipo de problema em saas do UCI. Não sei não, mas acho que o descaso é muito grande com os espectadores que deixam uma boa grana nas bilheterias. Nem mesmo um pedido de desculpas recebi. Parecia, na verdade, que eu estava ali cumprindo minha obrigação de avisar que o áudio estava com falhas... Lastimável!

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