A Evolução da tecnologia está permitindo a criação de robôs cada vez mais avançados. Também essa evolução cria inteligências artificiais cada mais assustadoras. E se as duas coisas fossem combinadas num robô com formas humanas e com uma inteligência capaz de enganar qualquer um? E se esse robô apresentasse sentimentos e algum tipo de consciência? Seriam os homens então deuses criando novas vidas? Esse é o enredo de Ex Machina. Ava (Alicia Vikander) é um protótipo avançadíssimo de Inteligência Artificial criado por Nathan (Oscar Isaac), que convida o jovem Caleb (Domhall Gleeson) para testar se a maquina pode se passar por um ser humano. Caleb é levado ao laboratório/casa de Nathan, no meio de uma ilha isolada, onde poderá então ter encontros diários com ela sempre monitorados pelo criador.
Porém, a fortaleza criada e com muita segurança digital enfrenta piques de luz. Ava aproveita esses momentos para falar de Nathan para Caleb e combinar com ele uma forma de não ser destruída e fugire,. Caleb se envolve emocionalmente com Ava e começa então a dar forma ao plano de fuga. Mas até que ponto a máquina entende o que está fazendo? Até que ponto Caleb se deixa envolver e será que Nathan percebe o que está em curso? Em paralelo, o filme mostra também a personalidade dos dois homens, suas fraquezas e isso ajuda na elaboração do plano e desenrolar da ação.
Filme muito bem elaborado, com efeitos rebuscados (que lhe garantiu o Oscar de Efeitos Visuais em 2016) e ótimas atuações. O filme também foi indicado por roteiro original, o que confirma minha surpresa com o final surpreendente. Os minutos iniciais são chatos e quase desisti de continuar vendo, mas a cada “entrevista” de Caleb com Ava ficamos mais presos à história e tensos com as descobertas , sem falar na ansiedade de saber como tudo se desenrolará. O final me surpreendeu, pois não estava em possibilidades que eu havia pensado. Até determinado ponto, a história ia confirmando o que eu imaginava, mas nos instantes finais tudo mudou.
Filme muito bom para quem curte ficção científica, mesclando também drama e trazendo muitas reflexões sobre esse eterno desejo de alguns homens que querem ser deuses. Vale a pena conferir.
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