A bruxa (filme)

Filme de terror com muita propaganda nas redes sociais sempre me deixa com o pé atrás. Ainda assim – receoso – fui conferir o filme da modinha. E gostei muito. Ele vai muito além dos sustos de filmes de terror. Com uma fotografia excelente e reconstituição de época em figurinos e cenografia, o filme é um ótimo drama ou terror psicológico. Fiquei tão envolvido que nem percebi o tempo passar.

Uma família, nos idos de 1630, acaba sendo expulsa de uma comunida de Quakers na Nova Inglaterra (Estados Unidos recém colonizado). William (Ralph Ineson), Kate (Kate Dickie) e seus filhos Thomasin (Anya Taylor-Joy), Caleb (Harvey Scrimshaw), Mercy (Ellie Grainger) e Jonas (Lucas Dawson) resolvem então morar no meio nada, ao lado de uma floresta. Nessa época, as lendas de bruxas eram fortes e eles sentem o pavor vindo do meio da floresta. Vivem em conflito pois, devido a sua forte religiosidade, acreditam estar sempre em pecado. Tudo piora quando o bebê desaparece e eles acreditam que tenha sido sequestrado por uma bruxa. Na busca pelo filho desaparecido, vários dramas se desenrolam. Os filhos brigam entre si, a plantação de milho seca, a mãe se torna fria e deprimida. O pai tenta organizar tudo, mas não sabem exatamente o que fazer.

Os diálogos são muito bem escritos, o medo de Satã e a fé em Cristo são os fios condutores das ações deles. Achei incrível como as pessoas conseguem viver tão cegamente em sua fé. Um filme para refletir e apreciar, ainda mais sabendo que se trata de história baseado em relatos reais da época e em lendas que foram transmitidas por gerações. È de arrepiar, não de medo, mas de surpresa. Choca ver como se vivia naquela época.

O final do filme (a última cena para ser exato) é a única desnecessária e que quase estraga tudo, mas vale a pena conferir. Talvez não valha a ida ao cinema, mas uma boa sessão em casa, com certeza.

Fica aí a dica!

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