Mais um filme da lista de Indicados ao Oscar, concorrendo nas categorias de melhor filme, atriz (Brie Larson), direção (Lenny Abrahamson) e roteiro adapctado. Por mim, ele poderia muito bm levar a estatueta. É um filme angustiante, uma verdade que vai muito além do que é retratado na tela. Uma metáfora de vida que se aplica a muitos de nós. O filme incomoda, nos deixa sem ar, e o menino Jack (Jacob Tremblay) é ótimo, com a pureza de um menino de 5 anos. As suas falas, seus pensamentos em off nos fazem refletir muito sobre nós mesmo e a imensidade de opções que temos nessa vida.
A jovem Ma e o pequeno Jack vivem num cativeiro. Ela fora sequestrada e mantida num pequeno quarto por seu algos, Nick (sean Bridges). Com ele, teve o menino, que nunca viu nada além do limitadíssimo espaço do quarto onde nascer. Logo depois de seu aniversário de 5 anos, eles conseguem fugir dali. E o menino então descobre o que é mundo, o que ele só conhecia pela TV. É impressionante. A partir daí, ela enfrenta seus traumas junto com ele, retomando o contato com seus pais Nancy (Joan Allen) e Robert (William H. Macy). Um drama tenso, um clima de “o que vamos fazer agora” e “como tornar a vida normal de novo depois de tantos anos”. Achei incrível.
A metáfora que falo é que muitas vezes nos aprisionamos em quarts como o do cativeiro. Vivemos uma vida cheia de restrições, mesmo podendo ser livres. Optamos por um cativeiro, por uma falsa zona de conforto. Quando percebemos isso e vemos todo o universo de possibilidades, ficamos perdidos, sem saber o que fazer e como lidar com nossas opções. Um medo toma conta, muitas vezes fraquejamos e pensamos que seria melhor ficar naquele mundinho. Terminar um relacionamento, sair de um emprego são situações que nos aproximam da angústia vivida pelos protagonistas desse filme. Enfim... uma ótima reflexão e que caiu como uma luva no momento que estou vivendo.
Recomendo a todos o filme e confesso que estou inclinado a torcer por ele na cerimônia que acontece na próxima semana.
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