Ainda comemorando os 30 anos de carreira, Leo Jaime está em turnê com o show “Elétrico”, o terceiro que faz nessa comemoração, depois de “Festa” e “Intimista”. Tive a oportunidade de conferir “Festa” na Miranda (veja aqui meus comentários). Diferente daquele, em que ele tinha uma banda completa e o show era uma grande algazarra, nesse ele conta apenas com Fred Ferreira (guitarra), Rodrigo Tavares (teclado) e Fabio Santanna (programações, pandeiro e teclado). A apresentação de ontem foi no shopping Village Mall, dentro do projeto chamado “Festival da Lua Cheia”, que ocorre uma vez por mês no deck do shopping, sempre, obviamente, numa noite de lua cheia. Aliás, a próxima atração será Leoni, dia 27 de agosto. Confirme logo sua presença aqui, para não esquecer!
Como o próprio nome do show já diz, o show é mais elétrico, com bases prontas, focadas sempre no teclado. Com novos arranjos, o repertório, por mais que seja conhecido, fica com uma sonoridade bem diferente. Nas primeiras músicas, achei tudo muito artificial, mas isso era preconceito de quem esperava ouvir os arranjos originais. Depois de um tempo, estava já curtindo, principalmente quando musicas incidentais eram introduzidas, como aconteceu em “Rock Estrela”, que ganhou acordes de “Beat It” (Michael Jackson) e alguns versos de “Come As You Are” (Nirvana).
O repertório inclui, além de sucessos da carreira de Leo Jaime, outros sucessos que, como ele mesmo diz, queria que tivessem sido compostos por ele. Da lista de músicas que não são dele estão “Criança” (que todos conhecem na voz de Marina Lima), “Mais Ninguém” (Banda do Mar), “Caminhos Cruzados” (Tom Jobim), “Ainda é cedo” (Legião Urbana), “Você pra Mim” (Fernanda Abreu), Preciso Dizer Que Te amo” (Cazuza), Mais Feliz (Adriana Calcanhoto), “Lágrimas e Chuva” (Leoni/Kid Abelha) e até “Lovesong” (The Cure/Adele). Do repertório dele estavam “Gatinha Manhosa” e “Sete Vampiras” que encerraram o bis, além de “Sônia” (a versão sem cortes), “Solange”, “A fórmula do amor”, “Conquistador Barato”, “Nada Mudou”, “O Pobre” e “A vida não presta”.
O público demorou a se animar e nas primeiras músicas, parecia até que o próprio cantor estava cansado, mas no final já estavam todos cantando junto e pedindo para ele continuar cantando. Uma coisa que me incomoda um pouco nesses shows gratuitos dos shoppings (como tem ocorrido semanalmente no NYCC e eventualmente no Downtown) é que nem sempre o público que vai parece estar a fim de assistir o show. Parece aquela coisa do “vou porque é de graça”. Aí, durante a apresentação fica um falatório. Gente, se você quer conversar, vai para um bar. É falta de respeito com o artista. Ontem então, tinha uma jovem que gritava alucinadamente para Leo Jaime cantar Cássia Eller, Legião e até Raul Seixas. Pera aí, ela tá achando que ele é cantor de barzinho? Fala sério. Tremenda falta de respeito.
Bom, os vídeos que registrei estão aqui nessa playlist que você clicar e deixar rolar no youtube.
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