Se você tem mais de 35 anos, com certeza se lembra de “Curtindo a Vida Adoidado” ou “Clube dos Cinco” e tantos outros filmes que marcaram a nossa adolescência. A gente via esses filmes e ficava sonhando em ter uma vida como a daqueles jovens, via nos seus dramas os nossos e nas suas aventuras a realização de nossos sonhos. E se ainda acompanha cinema ultimamente, também sabe que os filmes adolescentes hoje são as aventuras futuristas no estilo “Jogos Vorazes”, “Divergente” e “Maze Runner” ou as fábulas vampirescas como “Crepúsculo”, fantasias que sabemos que não podemos viver, longe da realidade. Há tempos não se via no cinema um filme daqueles que poderia ser a nossa vida, cheia de aventuras, mas no mundo real. Então, “Cidades de Papel” vem preencher essa lacuna.
O filme é baseado em livro de John Green, o autor de “ A Culpa das Estrelas”, outro filme que adorei, embora com uma temática mais densa que esse.
Uma deliciosa aventura de 6 jovens que estão terminando o High School (nosso ensino médio) e se encontram naquele conflito de terminar a escola, encontrar a companhia para o baile de formatura, a questão da virgindade, a divisão dos grupos na escola entre nerds, playboyzinhos e descolados. A história começa ainda no inicio da adolescência de Quentin (Nat Wolff) – narrador da história - quando um casal se muda para a casa em frente à sua e ele se apaixona pela filha deles, 6 meses mais nova que ele, a jovem Margo (Cara Delevingne). Porém, com o passar dos anos, os dois se separam. Há poucos dias da formatura, ela invade sua casa na madrugada e o leva para uma noite de aventuras. Ele então volta a ter esperanças de ficar com ela. Mas ela some no dia seguinte. Então, junto com seus amigos Ben (Austin Abrams), Radar (Justice Smith), Lacey (Halston Sage) e Angela (Jaz Sinclair), eles partem numa jornada para encontrar Margo.
Com os hormônios a flor da pele que caracterizam essa fase da vida, eles bebem em festas, flertam com as garotas mais gostosas da escola, inventam fantasias sexuais, têm suas primeiras paixões, acreditam no amor eterno, conseguem a tão sonhada primeira vez, mas acima de tudo, mostram como é importante a amizade. Uma história fofa e com um final feliz característico desses filmes, porém, dessa vez, um pouco surpreendente e fora da obviedade, o que torna o filme ainda mais gracioso.
Uma típica “Sessão da Tarde”, que nos faz sentirmos leves e até sonharmos com uma vida mais feliz. Vale a pena conferir!
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