Seguindo o padrão Disney, o filme
mistura fantasia, humor, amor e ação, agradando a todas as faixas etárias. A
mensagem subliminar é que apenas otimismo, fé e bons sentimentos são as
ferramentas capazes de mudar o destino de nosso planeta, cada vez mais
mergulhado na tristeza, guerras e desânimo.
Filmes da Disney são, em geral, histórias no estilo de contos de fadas,
onde o mocinho(a) sofre bastante, é mal compreendido, mas no final, consegue se
realizar e o filme traz uma bela mensagem que nos deixa esperançosos de que a
vida pode ser melhor. Tomorrowland não é diferente. Está em cartaz já há
algumas semanas – ainda é possível assistir na telona – e vale a pena conferir.
Uma das músicas que toca logo no início do filme é “Small World” que era a
abertura do Domingo no Parque do Silvio Santos. Só isso já nos remete a boas
recordações da infância.
Estrelado por Britt Robertson (que fez esse ano o romântico “Uma Longa
Jornada”), George Clooney, Raffey Cassidy e Hugh Laurie (o famoso “Dr. House”),
o longa de 2h10min conta a história de uma adolescente inteligente e estudiosa
de ciência, filha de ex-funcionário da NASA, que encontra um broche que ao seu
toque a transporta para outra dimensão, uma terra do futuro, sem violência ou
coisas negativas. Ela então quer descobrir como chegar a esse lugar e enfrenta
uma série de dificuldades para isso. A protagonista precisa salvar o mundo do
futuro e tem como ferramentas apenas sua curiosidade, intuição e otimismo, além
de seus companheiros de jornada, Athena (Cassidy) e Frank (Clooney).
O filme retrata a importância dos bons sentimentos, da esperança e da
fé, que são as grandes chaves para garantir um futuro para nosso planeta, que
sofre a cada dia mais com o negativismo de nossos povos. Embora pareça algo
bobo e ingênuo. Se for feita uma análise mais profunda, a produção traz uma
discussão séria sobre o perfil psicológico da humanidade. Além de mostrar que
não aprendemos com nossos erros, também não reagimos mais às vibrações
negativas e nos deixamos ser conduzidos por elas. Não à toa, vivemos no século
que será marcado pelas doenças de fundo psicológico, como estresse e depressão.
O filme é então, um alerta para mudarmos nossa atitude. O recado foi dado, mas,
infelizmente, o público deve esquecer assim que sair da sala de cinema e for
devorar seu fast-food numa rede de
lanchonetes qualquer.
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