Filme de terror mais tradicional, impossível. A começar pelo título, passando pela locação – um vilarejo distante, com um povo nada amistoso e uma mansão com seu próprio cemitério, rodeada por um pântano e que fica isolada do resto do povoado com a maré cheia – e um fantasma que assombra a cidade toda e causa a morte das crianças locais. Esse é o contexto desse filme em que Daniel Radcliffe interpreta Arthur Kipps, um jovem advogado viúvo que, para não perder o emprego, precisa visitar a tal mansão e ver se sua proprietária recém falecida deixou herdeiros ou algum testamento. Ele percebe que algo de estranho acontece na cidade, tem a ajuda de um homem, Sam Daily (Ciarán Hinds), que teve seu filho morto em um trágico acidente e cuja esposa é considerada louca pois ela psicografa pelo espírito de seu filho. Por conta disso, o casal não é bem quisto pelo restante da população. Kipps, cuja mediunidade já era conhecida (pois sentia constantemente a presença de sua esposa) resolve enfrentar o tal fantasma que todos temem.
A ambientação é no final do século XIX, então as comunicações e meios de transporte são precários, criando um clima ainda mais tenebroso. O filme dá alguns sustos e consegue prender a atenção de quem gosta dessa temática. Interessante é que, para quem conhece a doutrina espírita, boa parte da história pode ser explicada e não seria nem um pouco absurdo o fato do fantasma da mulher estar errando por aquelas bandas tentando se vingar de quem a prejudicara em vida.
Vale a pena conferir (em vídeo), pois o filme já saiu de cartaz há alguns meses.
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