Já lhe aconteceu, ao olhar para pessoas da
sua idade, pensar: "Não posso estar assim tão velho?!!". Então, leia esta
estória:
Estava sentado na sala de espera para a minha primeira
consulta com uma nova dentista, quando observei que o seu diploma estava exposto
na parede. Estava escrito o seu nome e, de repente, recordei-me de uma menina linda que tinha esse mesmo nome. Era da minha turma do colégio primário, uns 30 anos
atrás, e eu me perguntei: "poderia ser a mesma garota por quem eu tinha me
apaixonado à época?".
Quando entrei na sala de atendimento, imediatamente afastei esse pensamento. Esta senhora grisalha, cabelo cheio de tintura, gorda, com um rosto marcado, profundamente enrugada era demasiadamente velha para ter sido a minha paixão secreta.
Depois de ter examinado o meu dente, perguntei-lhe se tinha estudado na Escola Gonçalves Dias.
- Sim - respondeu-me.
- Quando se formou no primário? - perguntei.
- 1984. Por que pergunta? - respondeu.
- É que... bem... você era da minha turma! - exclamei.
E então, esta velha horrível, cretina, cabelo mal pintado, gorda, cheia de celulites, flácida, filha de uma puta, lazarenta perguntou-me:
- O Sr. era professor de quê?
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