Espelho Espelho meu (filme)

Parece que virou febre em Hollywood revisitar os contos de fadas. Depois da animação “Deu a Louca na Chapeuzinho”, do thriller “A Menina da Capa Vermelha”, agora foi a vez de Branca de Neve ser revisitada. As motivações são um pouco diferentes, o desenrolar da trama também, mas o enredo é basicamente o mesmo. A rainha deseja a morte de Branca de Neve pois é uma ameaça e a jovem princesa acaba na floresta com os 7 anões. Um príncipe é a salvação da moça etc etc etc. As mudanças são que os anões não são mineiros, mas ladrões, o príncipe é um bobão e acaba sendo socorrido pela própria Branca de Neve, e por aí vai.

 

O trailer do filme foi muito bem feito, e, atraído por essa peça publicitária, fui ao cinema ontem ver Julia Roberts como a rainha má. E parece que só ela mesmo salva o filme. O restante do elenco não tem brilho, Lily Collins que interpreta a personagem principal não faz jus à beleza de Branca de Neve. O príncipe (Armie Hammer) é até engraçado, mas me incomodava o fato dele ser tão parecido com o Marcelo Anthony.

O filme é propositalmente meio sem cor, para mostrar um reino triste, mas achei que dessa forma, faltou também calor nas interpretações. Atores sem timing para a comédia tornavam as piadas que poderiam ser hilárias em meros textos cuspidos. Me decepcionei profundamente com o que vi. Não que o filme seja ruim, mas longe de ser um daqueles inesquecíveis, eceção feita à Julia Roberts, que fez da Rainha a personagem central do filme e a única a prender mesmo a atenção do espectador.