Diego Moraes (show)

Sábado teve rodada dupla de shows no Circo Voador. A primeira atração da noite foi Diego Moraes. Para mim, um ilustre desconhecido. Para a meia dúzia de fãs que estava lá, o segundo lugar do programa Ídolos 2009. As meninas gritavam, cantavam junto, mas não entendi tal alvoroço. Ele não é talentoso, não tem carisma e nem bonito é. Vai entender o que se passa na cabeça de fãs...

Ele está apresentando o show de lançamento de seu primeiro DVD, baseado em sucessos da MPB. Com cabelo black power e uma faixa dourada na cabeça, ele seu visual parecia uma mistura de Jimmy Hendrix e Cazuza, mas sem o carisma e brilho de nenhum dos dois. Ele tem uma boa voz, mas os arranjos que foram feitos para alguns clássicos simplesmente tornaram as músicas impalatáveis. Ele cantou “Pagu”, “Pais e Filhos”, “Explode Coração”, “Alô, Alô, Marciano”, “Atrás da Porta” e até “Garçom”. Essa última até que ficou interessante, bem como a primeira, mas não dá para ouvir uma música do Renato Russo ou as músicas que foram imortalizadas por Elis Regina e Maria Bethânia sem querer cantar junto. O problema é que cantar junto com Diego Moraes é uma tarefa árdua. Os arranjos, as pausas, as respirações fora de tempo prejudicam muito. Um show fraco, numa casa que estava com menos de um terço de sua lotação.

No bis ele cantou “Back to Black” da Amy Winehouse. Gostei de sua performance nessa música (vídeo abaixo). Mas depois ele veio com Stevie Wonder em “Superstition”, mantendo os arranjos originais, mas não agradou. Realmente se ele fez parte do grupo seleto de Ídolos de 2009, imagino como não tenham sido os outros...