Lauryn Hill (show)

Depois do show de abertura da banda RED (veja comentários no final do post) e de um intervalo enorme, Ms. Lauryn Hill subiu ao palco do Citibank Hall no último dia 06 de setembro pouco antes de meia-noite para um show nada convencional. Antes de sua entrada, o DJ Rampage fez um set com muito reggae e rap, enquanto os músicos da banda iam surgindo e o acompanhavam. Quando a cantora subiu, a apresentação já tinha mais de 20 minutos. E Lauryn chegou muito alucinada, pulando, gritando e, infelizmente, quase sem cantar. Não sei se ela perdeu a voz pelos mesmos motivos de Whitney Houston (não preciso dizer quais, né?), mas ela decepcionou o público presente. Além de falhas de sua voz, a microfonia presente quase o tempo todo e o som ensurdecedor das duas baterias, duas guitarras e dois teclados quase sufocavam o pouco que sobrou de sua voz.

 

Não bastasse isso, a cantora literalmente alterou a sonoridade original de todas as suas músicas. Algumas eu só conseguia reconhecer quando chegava o refrão. E ela insistia constantemente com a banda para tocarem mais alto e ruidosamente. Na metade do show, boa parte do público tinha sumido. Na área VIP que já estava vazia no início, buracos foram aparecendo ao longo do show.

Eu fui ao show esperando uma apresentação totalmente diferente, pois os contatos com sua música que tive foram o CD do Fugees e o DVD Acústico com versões muito mais apuradas e depoimentos dela falando de sua recuperação das drogas... Acho que esse tempo ficou para trás. Pelo menos no final do show ela cantou alguns sucessos da época do Fugees (como “Ready or Not”, “Killing Me Softly”) e fechou com um bis de uma única música (“That Thing”). Para quem conhecia poucas músicas, não posso afirmar que foi um show ruim, mas nem de longe conseguirei classificar como um bom show. Posso assegurar que me diverti, principalmente com as caras e bocas que ela fazia, mas a música definitivamente não me agradou.

Banda RED

Antes de sua apresentação, pude conhecer a banda RED, de músicos de São Paulo. Os três cantores (David, Rogério e Elton) fazem uma black music de qualidade, com uma banda enorme, com percussão, metais que fazem um som muito animado. Entre músicas próprias e releituras (como de “Sossego” e até músicas internacionais), a banda deu seu recado e mostrou que tem talento. Como muitos no Brasil. Acho que eles salvaram a noite de uma decepção maior.