Chico Xavier (filme)

Com elenco estelar que inclui Nelson Xavier, Ângelo Antonio e Matheus Costa se revezando no papel-título (idoso, jovem e criança, respectivamente), Tony Ramos, Christiane Torloni, Letícia Sabatella, Giulia Gam, Luis Melo, Pedro Paulo Rangel, Letícia Sabatella, Rosi Campos, Cássia Kiss, Ana Rosa e muitos outros, essa produção de Daniel Filho entrou em cartaz no fim de semana de Páscoa estourando as bilheterias. E isso é apenas o começo. O que se vê nessa segunda-feira é um enorme boca-a-boca elogiando o filme. Mesmo que não gostou de uma coisa ou outra acaba recomendando a obra. Fiquei abismado também com a variedade do público. Jovens, adolescentes, idosos, homens, mulheres, intelectuais, “cabeças-oca” (vi uns caras do estilo malhadores compulsivos e meninas tipo cheer-leader na platéia), espíritas, ateus. Mais eclético, impossível!

A história, baseada em livro homônimo, conta parte da vida de 92 anos do médium Francisco Xavier, que desde sua infância possuía contato com espíritos, sendo o primeiro deles sua própria mãe. Por muitos foi considerado uma fraude, um louco ou até mesmo enviado do capeta, mas em seu favor há 412 livros psicografados e o reconhecimento de milhares de outros brasileiros. Ele conseguiu disseminar a doutrina espírita no século passado como poucos. No filme é retratada principalmente sua entrevista num programa de TV “Pinga-fogo” e o clímax se dá no desdobramento dos acontecimentos após Chico Xavier entregar ao diretor do programa uma mensagem que psicografara ao vivo durante o programa.

 

Emocionante, tocante... Uma obra-prima. Só achei o filme um pouco longo e lento, mas também não sei como seria se a história fosse encurtada, talvez perdêssemos muitos fatos importantes.

Tão difícil vermos uma obra nacional que não fale só da violência, pobreza ou se resuma a um besteirol de enredo repetitivo! Se eu fosse você, não perdia! Não banque a mulher invisível e apareça no cinema! Essa deve ser a atração central do Brasil e não deve ficar restrita à uma cidade de Deus ou outra! Muito menos deve ser restringido a uma tropa de elite ou um publico menor que o total de ex-detentos do Carandiru. Se não for, não adianta deitar no divã e reclamar ao seu analista! Entenda que o espiritismo não é um bicho de 7 cabeças!