MARAVILHOSO!
Pensei em escrever apenas isso sobre o show da perfeita Bibi Ferreira. Mas não sei se ela merece tão poucas palavras assim. Esse show não é nenhuma novidade, pois é remontagem de sua apresentação primeira feita em 1983, mas não mais com a mesma pompa. Atualmente está em cartaz na Maison de France, no centro da cidade, às 3as e 4as, mas não sei até quando. Ela se apresenta com um mestre de cerimônias e pequena orquestra de quatro músicos (piano, acordeon, bateria e baixo).
Pra quem não conhece a história de Edith Piaf, um breve resumo: cantora francesa, morta nos anos 60 antes de completar 50 anos de vida, fez muito sucesso na Europa e também em outros países, como Estados Unidos mas teve uma vida sofridíssima, cercada de morte de entes queridos e até mesmo uma cegueira na sua infância. Existe um filme narrando sua vida, mas prepare-se para chorar muito.
Eu já tinha assistido a um Bibi in Concert (acho que o terceiro) e já tinha ficado embasbacado com a afinação, potência vocal e interpretação dessa jovem senhora. Carisma, domínio de palco, músicos, repertório e platéia, ela traduz a perfeição! Mesmo sem conhecer o idioma francês, a narrativa resumida da vida e obra de Edith Piaf é deliciosamente transformada em êxtase na voz dessa grande dama! As duas últimas canções – La Vie en Rose e Je ne Regrette Rien – talvez as mais conhecidas de todo o público brasileiro, me fizeram arrepiar na poltrona, bem como o Hino Ao Amor! Outros momentos são bem divertidos, como quando ela canta Milorde, relembrando Piaf no Carnegie Hall, quando estourou nos Estados Unidos.
A orquestra e o mestre de cerimônias mostram entrosamento e estão em perfeita sincronia com a cantora. Um show magnífico, para todas as idades! Mas a frequência está numa faixa etária dos 60/70 anos, o que mostra que os jovens realmente não sabem dar valor ao que é bom!
Vá, assista: permita-se essa emoção!
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