Rita Lee - Picnic

Ontem finalmente assisti ao show da Rita Lee, “PICNIC”, em sua despedida do Rio de Janeiro. Na verdade, fui ao Canecão dia 19, mas a apresentação foi cancelada devido ao temporal que causou uma falta de energia na casa de shows. Então ontem foi a nova data remarcada por eles.

O show começou com uma apresentação de uma das backing vocals – não registrei o nome dela, mas acho que era Raquel – fazendo uma performance do musical Cabaret. Na verdade não entendi muito bem o numero, pois nada tem a ver com o restante do show.

Rita começou a sua apresentação com a clássica “Flagra” conquistando de imediato a platéia. Depois, uma série de grandes sucessos, como “Nem luxo nem lixo”, “Doce Vampiro” continuaram a agradar o público. Ela apresenta no meio do show duas novas músicas: “Tão” e “Dinheiro”. Ambas com um excelente humor e boa levada rock’n’roll. “Tão” até lembra um pouco a fase “Mutantes” de Rita. Com certeza, se começar a execução no rádio será sucesso.

Ela faz algumas piadas para a platéia, mas o melhor mesmo são as respostas e gritos da própria platéia que deixam a experiente cantora em situação de improviso total, como quando gritaram “Gostoso” para o Roberto de Carvalho, ou quando uma senhora gritou: “Quero gozar no início, no meio e no final”... Eh eh eh. O público carioca é realmente criativo!

Vovó Rita – como ela mesma se autodenominava em alguns momentos – só errou em dois momentos: (1) colocou uma sequência de 3 ou 4 músicas pouco conhecidas do público (músicas antigas que não fizeram tanto sucesso ou que fizeram sucesso num tempo em que parte do público ainda nem era nascido). Nesse ponto, o show foi cansativo, mas ela rapidamente retomou as rédeas cantando “Ovelha Negra”. (2) No bis ela pediu que o público escolhesse o que queria ouvir, e a galera toda gritou “Lança Perfume”, mas como essa estava programada para ser a última do bis, ela fingiu que não ouviu e tocou a menos famosa “Amor e Sexo”.


De forma geral, o som estava bom, com Roberto de Carvalho e Beto Lee mandando bem nos seus solos. A iluminação deixou um pouco a desejar. Em muitos momentos a cantora ficava no escuro, quando deveria ter um holofote sobre ela. Mas como é um show de rock, esses detalhes não se tornam tão críticos e nem atrapalham muito. Havia também painéis nas laterais e fundo do palco, além de um telão, onde a cada música eram reproduzidas imagens sem muita relação com o som. As imagens mais interessantes foram em “Ovelha Negra”, quando fotos da carreira de Rita eram exibidas, além das capas de seus ábuns. Faltou a Rita um pouco mais de presença de palco e o pique que ela apresentou em outros tempos. Nos seus últimos shows ela foi mais ousada. Não sei se a idade (60 anos) ou o fato de ela estar “limpa”. Independente do motivo, nada descredencia a nossa “mãe do rock”. Ela continua batendo um bolão!!!

No finalzinho, já com papéis prateados sendo lançados na platéia a partir das laterais do palco, ela finalmente cantou “Lança Perfume” e ainda emendou “Chiquita Bacana”, afinal, na próxima semana estamos no Carnaval... E no telão ficavam as mensagens de “Nos vemos em breve”, “Obrigada pela presença” e “Adeus”!!! É isso aí, Rita: até o próximo show!!!


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