Com estreia prevista nas telas nacionais apenas em 15 de fevereiro, com 7 indicações ao Oscar – incluindo melhor filme, roteiro original, atriz (Frances McDormand), Melhor ator coadjuvante (Sam Rockwell e Woody Harrelson) – é, para mim, até agora, o favorito para a estatueta (embora eu tenha certeza de que Shape of water leva). Mais uma vez, me incomoda a tradução do título, pois dá a entender que um crime está para acontecer, com três anúncios antes do fato. O título original apenas diz “Three Billboards outside Ebbing, Missouri”, indicando a existência de três outdoors nos arredores da cidade de Ebbing, no estado do Missouri. E é exatamente sobre isso que o filme fala.
Mildred (Frances McDormond), após o estupro e assassinato de sua filha, aluga da agência de publicidade de Red Welby (Caleb Landry Jones) três outdoors nas redondezas da cidade para colocar mensagens direcionadas ao delegado da cidade, Willoughby (Woody Harrelson), questionando sobre a morte da filha ainda sem conclusão das investigações. Junte-se à revolta dela o fato do delegado estar num estágio avançado de câncer e ter um assistente um tanto estúpido, Dixon (Sam Rockwell). A pequena cidade se divide entre os que apoiam a atitude extrema de Mildred e os que são contra. As represálias atingem até seu outro filho, Robbie (Lucas Hedges). Na busca por justiça, até onde pode um ser humano ir? E a dor do luto pode apagar totalmente a vontade de viver de uma mãe?
A interpretação de Frances é maravilhosa e se ela não levar o Oscar, não entendo nada de cinema. Também seria merecido o Oscar para Sam Rockwell pelo seu perturbado Dixie. Por isso minha qualificação no IMDB para o filme foi nota 9. Os atores dão show em cena com personagens complexos. Até a pequena (sem trocadilhos ou piadas) participação de Peter Dinklage é muito boa, especialmente na cena do restaurante.
O final, embora não seja surpreendente, deixa um gostinho de quero mais...
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