Paris pode esperar - 2017 (filme)

Fui assistir esse filme depois que uma amiga comentou que o cenário era o mesmo de uma viagem que fizemos há mais de uma década atrás. Mas nem sabia sobre o que tratava o filme. Já me surpreendi com o elenco: Diane Lane (que eu adoro), Arnaud Viard (que eu não conhecia mas adorei) e o canastrão Alec Baldwin (numa pequena participação). O filme é divertido mas com pitadas de drama e muitas verdades sobre relacionamentos e a vida atual. Vivemos um tempo em que não aproveitamos mais as jornadas. Somos focados em resultados, destinos e não nas viagens. Uma excelente metáfora, visto que o filme se passa numa viagem da Cote D’Azur até Paris, numa deliciosa viagem de carro passando por lugares e cidades lindas (exatamente o mesmo caminho que eu fiz anos atrás, mas no sentido inverso).

Anne (Diane Lane) é casada com um homem ocupadíssimo, Michael (Alec Baldwin). Ela o acompanha nas suas viagens de negócio, mas não aproveita nada, pois ele está o tempo todo em convenções, projetos e, quando sobra tempo para estar com ela, está no telefone com seus clientes. Entre uma cidade e outra da viagem, um amigo de Michael, Jacques (Arnaud Viard) se oferece para leva-la de carro à Paris, pois ela estava com uma dor de ouvido que poderia se agravar se seguisse com o marido de avião. Ela topa e começa então uma viagem inesquecível.

O contraste de seu marido com o anfitrião é gritante. E isso, inicialmente a diverte, aos poucos a começa a incomodar e mais um tempo depois a leva a refletir sobre a vida que leva e o quanto ela realmente consegue aproveitar do que recebe.

Um filme que poderia ser bobo se não nos trouxesse a reflexão sobre nossas próprias vidas. Quanto aproveitamos de nossa jornada? Quanto fazemos já de modo automático sem nem saber se é realmente bom ou não? E quanto não nos deixamos levar por aquilo que os outros colocam como sendo bom e normal?

Adorei o filme e as locações. Além das reflexões que o filme propõe, foi muito bom rever os lugares por onde passei. Matei saudades...

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