Imagina a dificuldade de uma criança com seus 9 anos de idade que sofre bullying na escola, filho de pais separados, com o pai morando em outro país, com uma avó que não lhe é amigável e com a mãe com um câncer em estágio avançado. Esse é o enredo desse filme, belíssimo. Uma mensagem de como enfrentar medos e traumas, sobre monstros que criamos em nossa imaginação, sobre desejos que não podemos revelar e mantemos em segredo e preconceitos que elaboramos sobre as pessoas e situações. O monstro do título original (A Monster calls) pode ser a própria consciência ou até mesmo a personificação do mentor espiritual do menino. Vale a pena conferir!
A sinopse: Conor (Lewis MacDougall) é um menino que vive com sua mãe (Felicity Jones) e sofre por vê-la enfraquecida a cada sessão de quimioterapia. Muitas vezes, precisa passar alguns dias com a avó (Sigourney Weaver), com quem não possui intimidade, enquanto a mãe segue internada no hospital para tratamento. Seu pai (Tob Kebbell) mora em outro país, casado com outra mulher e com quem possui outra filha. Além disso, na escola ele sofre bullying e apanha quase diariamente de Harry (James Melville), colega de turma, mas ele não o delata nem ao diretor da escola e nem em casa. No meio disso tudo, ele tem pesadelos todas as noites com sua mãe caindo num abismo e ele tentando segurar sua mão mas sem sucesso. Todas as noites acorda à 0h07min depois desse pesadelo. Numa das noites, após esse sonho, um monstro bate à sua porta. É uma arvore centenária que ele costuma ver pela janela de casa e que ganha vida para vir lhe contar histórias. O monstro lhe propõe contar três histórias e ao final espera que Conor lhe conte uma quarta história. A história de seu pesadelo. As histórias que o monstro conta são excelentes, falando que nem todos são apenas bons ou maus, que muitas vezes afastamos aqueles que podem nos ajudar e que se as vezes parecemos invisíveis ao mundo é porque nos colocamos nessa posição.
Diálogos perfeitos, uma construção que aos poucos vai nos mostrando qual a verdade por trás de toda dor e sofrimento do menino. Aliás, o ator que faz Conor é ótimo. Sem falar que adoro Felicity Jones e Sigourney Weaver. As personagens são bem construídas, a história nos emociona e prende. O final é ao mesmo tempo libertador, triste e encorajador.
Tipo de filme para assistir, refletir e tentar trazer um pouco da sua mensagem para nosso dia-a-dia. Dei nota 8 no site IMDB. Recomendo!
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