Não gosto muito do Ben Affleck como ator não, mas nesse filme ele está ótimo. Ele interpreta um autista. Talvez sua pouca capacidade expressiva como ator acabou sendo útil para viver um personagem que realmente não é muito dado a expressões. Por isso gostei.
Christian (Affleck) é um renomado contador que trabalha para criminosos e mafiosos, que acumula fortunas com seu trabalho. Por ser autista, ele tem um raciocínio matemático exemplar, mas uma certa dificuldade em manter relacionamentos. Trabalha sozinho e é muito eficiente. Ele é contratado por Lamar (John Lithgow) para analisar os balanços de sua empresa, pois há uma suspeita de fraude e desvio de dinheiro encontrados pela contadora Dana (Anna Kendrick). Ele precisa fazer seu trabalho com o apoio dela, o que para ele é péssimo, pois não gosta de trabalhar com parceiros. Ele rejeita um pouco a moça, mas ela insiste em se aproximar. Até que ele se descobre apaixonado por ela, mas sem saber como reagir, devido a sua dificuldade natural de se aproximar de pessoas. No meio da madrugada, Chilton (Andy Umberger), sócio de Lamar é morto, numa ação em que se simula um suicídio. Lamar interrompe então o trabalho de Christian para que ele não encontre os problemas no balanço da empresa. Enquanto isso, Ray King (J. K. Simmons) e Marybeth (Cynthia Addai-Robbinson) são agentes do governo que começam a investigar o enriquecimento rápido de Christian, até que descobrem o mecanismo que ele usa para esconder sua fortuna. Na narrativa, são apresentados também momentos da infância e juventude de Christian, com seu relacionamento problemático com o pai e irmão Brax (Jon Bernthal), com quem teve um forte treinamento militar e aprendeu a ser um excelente atirador e lutador.
O filme é um ótimo suspense, com cenas de perseguição, tiroteio e lutas bem coreografadas. Algumas reviravoltas tornam a história dinâmica e o final é bem interessante, com pitadas de drama e romance. Um filme capaz de agradar um público bem variado. Eu recomendo. Avalie com nota 8 no site do IMDB.
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