Com 5 indicações ao Oscar de 1997, entre elas melhor filme, roteiro original, atriz e atriz coadjuvante, esse filme é lindo. Um retrato de famílias e seus dramas. Coloco no plural, pois embora seja focado numa família específica, mostra as relações de núcleos familiares distintos dentro de uma mesma família principal. O clímax do filme, quando todas as personagens se encontram para a celebração do aniversário de um deles é sensacional, com diálogos fortes e atores que se entregam de alma aos personagens.
Hortense (Marianne Jean-Baptiste), médica oftalmologista negra bem sucedida resolve procurar sua mãe biológica após a morte de sua mãe de criação. Sua primeira surpresa é descobrir que a mãe era branca. Cynthia (Brenda Blethyn) nunca comentara com sua filha mais nova, Roxanne (Claire Rushbrook) sobre a existência de uma filha bastarda e, ao ser contactada por Hortense, entra em crise. Ao mesmo tempo que a filha pode lhe trazer um novo sentido à vida, ela não quer remoer doloroso passado. Enquanto isso, Maurice (Timothy Spall), seu irmão, casado com Monica (Phyllis Logan) leva uma vida modesta, como fotógrafo e sem filhos, tratando Roxanne quase como uma filha. Cada personagem tem seus segredos e vive alguma mentiras. Roxanne e Cynthia quase não se falam embora vivam na mesma casa. O mesmo acontece com Monica que trabalha decorando sua casa com pinturas feitas por ela enquanto Maurice tenta animar seus clientes para as fotos que faz.

Mas, como toda mentira uma hora precisa ser esclarecida e as diferenças resolvidas, num determinado momento os conflitos vêm à tona e a verdade incomoda. Com interpretações magnificas de atores que eu não conhecia, fiquei vidrado e, m alguns momentos, precisei voltar a cena para poder apreciar cada reação e cada palavra dita. Nossa! Muito bom!
Recomendo demais esse drama que já tem mais de 20 anos e soa ainda muito atual.
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