Na Natureza Selvagem - 2007 (filme)

Não sei como levei 10 anos para descobrir esse filme. Esse é daqueles que nos transformam, que nos fazem refletir e, claro, chorar muito. Nossa, quantas lágrimas... O único defeito do filme é ser longo demais, apesar de que, com as paisagens mostradas, até isso é relevado. E, ao final, ainda descobri que era baseado em fatos reais. O que mexeu ainda mais comigo. Nossa! Eu vi ontem e ainda estou refletindo. Fiquei tão curioso que fui buscar a história original e também o trabalho que Sean Penn (o diretor) teve que tomou 10 anos para ser finalmente produzido e que levou duas indicações ao Oscar em 2008, de melhor coadjuvante para Hal Holbrook e edição para Jay Cassidy. Merecia também para o ator principal, Emile Hirsch e trilha sonora, composta por Eddie Vedder (do Pearl Jam), que levou o Globo de Ouro por uma das canções, Guaranteed.

Chris McCandless (Emile Hirsch) é um jovem que logo após a sua formatura resolve doar todo o dinheiro que tem guardado para a caridade e resolve faze ruma viagem a pé até o Alaska. Um pouco de aventura, fuga dos pais que viviam em conflito, a vontade de descobrir quem ele era de verdade (inspirado em sua leituras de Tolstoi, Thoreau e Jack London). A viagem acaba durando mais de dois anos, período em que não mandou notícias para os pais, Billie (Marcia Gay Harden) e Wal (William Hurt) e apenas eventualmente escrevia para a irmã Carine (Jena Malone), que é uma das narradoras da história, junto com o próprio protagonista. O filme não menciona essas cartas, descobri isso depois, catando a biografia de Chris na internet. Na sua jornada, ele conhece o casal Rainey (Brian H. DIerker) e Jan (Catherine Keener), trabalha com Wayne (Vince Vaughn), se encanta com a jovem Tracy (Kristen Stewart) e convive com o ex combatente de guerra Ron Franz (Hal Holbrook) com quem troca experiências e conhecimento. Cada um traz um capitulo para a história, descritos como Nascimento, Adolescência, Juventude, Família e Maturidade). 


 
Duas frases ditas pelo protagonista nos fazem refletir muito. Inicialmente ele diz "Você não precisa de relações humanas para ser feliz. Deus a colocou em tudo ao nosso redor". No final, sua conclusão é outra: "De que adianta a felicidade se não podemos compartilhá-la". Nossa. Que intenso. Só de lembrar, meus olhos já enchem de lágrimas novamente. 
Uma curiosidade: a crepúscula Kristen Stewart ainda era adolescente quando fez esse filme e nem sonhava ainda com a fama da saga dos vampiros e lobisomens, mas já tinha a mesma carinha de quem comeu e não gostou com uma interpretação em que não sabemos se está feliz, triste ou apenas tinha cagado nas calças.

Outra curiosidade: Uma das fotos que coloco aqui é do verdadeiro Chris McCandless.

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