Estreando nas telonas essa semana e baseado na obra homônima de Augusto Cury, “O vendedor de sonhos” é um filme sensacional. Foge dos padrões que costumamos ter no cinema nacional, que explora as comédias estilo besteirol ou os dramas violentos. A história de Julio Cesar (Dan Stulbach), um renomado psicólogo que se vê no parapeito do 21º andar de um prédio, prestes a cometer suicídio poderia acontecer (e acontece) em qualquer lugar do planeta. O filme é recheado de mensagens positivas (bem fiel ao livro) e, apesar da simplicidade de produção, traz imagens bem interessantes também.
Voltando ao enredo, quando Julio está prestes a se jogar, aparece então um homem barbudo (Cesar Troncoso), roupas simples, morador de rua, mas com um discurso filosófico de autoconhecimento perturbador e que acaba por convencer o psicólogo a não se matar. Ainda desesperado, e sabendo que sua carreira fora enterrada, Julio resolve seguir o homem que o salvara. Junto com eles está outro jovem (Thiago Mendonça) que chama o velho de mestre. Eles seguem pelas ruas da cidade e o Mestre sempre tem a palavra certa, ou melhor, a pergunta certa, para cada interlocutor e para cada situação enfrentada. Em paralelo, cenas do passado se intercalam e podemos saber que o Mestre já foi um grande empresário multi-milionário. Aos poucos vamos descobrindo como ele chegara ao ponto em que está e o que acontecera em sua vida para mudar sua forma de agir e pensar.
O filme traz o conflito do dinheiro x felicidade, mostrando que status social e o sucesso não são sinônimos de realização pessoal. Uma mensagem muito clara mas que parece bem esquecida no mundo de hoje, onde o egoísmo e vaidade parecem ser os sentimentos mais fortes na sociedade. O filme vale pela reflexão que traz e por isso recomendo a todos. Se cada um de nós pudesse mudar pelo menos um pouco, com certeza o mundo seria um lugar mais agradável, mais humano.
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