Nina - 2016 (filme)

Biografia da cantora Nina Simone, interpretada por Zoe Saldana, esse filme retrata mais o período dos anos 90, quando a cantora enfrentava dificuldades de saúde por conta do alcoolismo e já não fazia muitos shows. Na verdade, achei uma pena o filme focar tanto num período de poucas glórias, passando rapidamente por outros momentos tão mais significativos da vida dessa diva, que além de cantar e compor, tocava piano lindamente e era uma ativista negra que lutou muito contra o preconceito, desde sua infância, quando seus pais não podiam vê-la tocar na Igreja sentados à frente, pois eram negros. Ela também teve envolvimento com Martin Luther King e todo o movimento dos anos 60. Enfim, não sei qual foi a ideia da autora e diretora Cynthia Mort, mas parece que ela quis desconstruir o mito mostrando seu lado mais macabro. O filme não retrata também a morte da cantora, apenas citando que ela descobriu um câncer de mama, mas não mostrou sua luta contra a doença, parecendo que ela se entregou e se deixou consumir pelo tumor.

Acabei sendo levado a pesquisar na wikipedia e outros sites sobre a biografia de Nina Simone, pois o filme mesmo não mostra direito sua história, além de insinuar que ela tenha tido um caso com seu enfermeiro e posteriormente empresário, Clifton Henderson (David Oyelowo), que era na verdade gay. A filha de Nina Simone criticou também o filme, mas não se envolveu muito nessa produção que pode ser considerada alternativa, com um orçamento de cerca de apenas 7 milhões de dólares.

Não vale a pena conferir. Melhor buscar as informações na internet e ler enquanto ouve algum dos álbuns da cantora. Pois nem mesmo as músicas são apresentadas direito na tela. Algumas se repetem e outras ficaram de fora. Sem falar que a atriz que a interpreta não é nada parecida com ela, precisando usar uma prótese nasal e escurecer a pele para chegar num tom mais próximo da cantora.