Após a morte da fotografa de Guerra Isabelle (Isabelle Huppert), seu marido Gene (Gabriel Byrne) e os filhos Jonah (Jesse Eisenberg) e Conrad (Devin Druid) precisam ajustar suas diferenças para conseguir conviver como uma família novamente. Mesmo estando ausente boa parte do tempo por conta das viagens e cobertura de guerras, Isabelle era peça fundamental dentro de casa, mesmo que ela não se visse assim. Os conflitos entre pais e filhos são densos e isso justifica o título do filme em inglês “Louder than bombs”, que numa tradução mais literal seria “Mais alto que bombas”. Aliás, o título original é sensacional, pois relaciona o fato de Isabelle trabalhar num ambiente muito ruidoso das guerras e coloca em contraponto o silêncio sepulcral que separa Gene de seus filhos, principalmente de Conrad, adolescente que não consegue suportar o pai.
O filme tem uma atmosfera pesada e um ponto interessantíssimo é que não há trilha sonora acompanhando as cenas. Tudo acontece no mais absoluto silêncio, quebrado apenas pela fala dos atores e os ruídos regulares do ambiente. Essa estratégia deu certíssimo. Eu que sempre considerei que a trilha sonora é um dos elementos mais importantes num filme, agora tenho certeza. Realmente a música influencia a narrativa e sua ausência, marca ainda mais.
Um ótimo thriller dramático que vale a pena conferir. Acabamos por refletir sobre as diferenças que temos dentro de nossa própria casa com as diferentes gerações (pais e filhos). Claro que o filme mostra situações mais extremas, mas também bem realistas. OS personagens tem seu perfil psicológico muito bem montados e os segredos que vão se revelando ao longo da história trazem um sabor especial de suspense sobre como será a reação de cada um aos fatos que se apresentam sobre a falecida mãe.
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