Uma barbada para o Oscar de atriz do próximo ano por conta da atuação de Meryl Streep no papel título, o filme beira o histrionismo, embora baseado em fatos reais. Florence Foster Jenkins era filha de um banqueiro milionário que sempre sonhou em ser cantora lírica. Seu pai não permitiu, mas quando ele faleceu, ela, que já patrocinava a cultura em Nova Iorque do inicio do século passado, resolveu se arriscar, inicialmente participando de apresentações anuais, mas depois resolveu que teria um show só seu, cantando clássicos das óperas. O único problema é que ela não sabia cantar conseguindo desafinar em todas as notas, mesmo tendo aulas com os melhores professores de canto. Por ser muito rica e financiar grandes espetáculos, as suas apresentações anuais sempre recebiam críticas elogiosas (compradas por seu marido St. Clair Bayfield) e ela decidiu então fazer um grande show no Carnegie Hall, depois de ter gravado um disco que fora distribuído apenas para seus amigos, mas que vazou e começou a tocar nas rádios. Vivendo iludida pelos falsos elogios, ela acreditava que era mesmo uma excelente cantora. Mas será que depois do Carnegie Hall a crítica continuaria passando a mão em sua cabeça? E será que ela iria suportar a verdade?
A história é incrível (no sentido literal mesmo) e a produção do longa foi muito bem feita. Além de Meryl Streep como a protagonista, temos Hugh Grant como seu marido e Simon Helberg como Cosmé McMoon como o pianista que a acompanha nas aulas e apresentações.
Ainda não sei dizer se o filme é uma comédia ou um drama, pois há duas formas de se encarar a vida de Florence. Uma grande ilusão ou uma eterna alegria. E Meryl Streep consegue nos deixar com essa pulga atrás da orelha, alternando os dois cenários constantemente.
Vale a pena conferir.
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